Brasília (DF) – A primeira proposta de transferência da capital do Rio de Janeiro para o interior do Brasil foi em 1823. O Brasil havia se tornado independente de Portugal no ano anterior e durante a Constituinte do Império, José Bonifácio, o “Patriarca da Independência”, apresentou projeto para mudar a capital do país, sugerindo o nome “Brasília” para a nova cidade.

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Durante o período imperial, o plano não foi adiante. Já a primeira Constituição da República, em 1891, estabeleceu que “fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a futura Capital federal.”

A partir da determinação constitucional, o presidente Floriano Peixoto ordenou a criação de uma comissão para explorar e demarcar a área que receberia a nova capital. Após a autorização do Congresso, em junho de 1892, a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, chefiada pelo Tenente-Coronel Luiz Ferdinand Cruls e composta por outros 21 membros, incluindo astrônomos, médicos, geólogos, farmacêuticos, botânico e militares, seguiu para o reconhecimento. Conhecida como “Missão Cruls”, a atividade ocorreu entre 1892 e 1896 e realizou o levantamento da topografia, fauna, flora e hábitos interioranos. Como resultado, foi demarcada uma área de 90 quilômetros de largura por 160 quilômetros de comprimento, conhecida como “Retângulo de Cruls”.

Novas comissões

Outras duas comissões foram formadas nos anos 1940 e 1950: uma foi chefiada pelo General Polli Coelho e a outra pelo Marechal José Pessoa. Em 1955, o então presidente Café Filho aprovou a área onde seria construída Brasília. No ano seguinte, com a eleição de Juscelino Kubistchek, teve início a construção da nova capital, inaugurada no dia 21 de abril de 1960.

Reconhecimento

A importância do trabalho realizado pela Missão Cruls é reconhecida em diversas homenagens. Graças à Lei Distrital nº 6.854/21, o Planetário de Brasília passou a se chamar Luiz Cruls. A 11ª Região Militar, com sede em Brasília, tem a denominação histórica Tenente-Coronel Luiz Crulz.

Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).