Um voo que salva vidas! Atentos 24 horas por dia, durante 365 dias do ano! Assim pode-se definir a atuação do Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA) – Esquadrão Guará. E, no dia 24 de novembro, uma marca – repleta de emoção e orgulho – foi atingida: o Esquadrão Guará realizou o transporte do 100º órgão, no ano de 2022.

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A missão teve início às 23h22 (horário de Brasília), quando o Oficial de Comando e Controle da Base Aérea de Brasília (BABR) acionou uma tripulação de sobreaviso do 6º ETA para realizar o transporte de um fígado, no trecho Porto Velho (RO) a Brasília (DF). A partir desse momento, começou uma corrida contra o relógio, e pouco tempo depois, a aeronave VC-97 FAB 2004 decolou com o único objetivo de salvar mais uma vida.

i22112520485504118A primeira parte dessa missão consistiu em transportar, a partir de Brasília (DF), a equipe médica responsável pela captação do órgão. Terminados os procedimentos e com o fígado já em condições de ser transportado, a tripulação decolou de volta para a Capital Federal, onde o receptor já era preparado para o transplante, que foi realizado pelos próprios médicos que estavam a bordo.

Segundo o Comandante da aeronave envolvida na missão, Tenente Aviador Murilo Foscaches, o voo da vida não é uma exclusividade do 6º ETA, mas orgulha-se sobremaneira por pertencer a um Esquadrão que está na vanguarda de missões importantes para a população brasileira.

“Um número cheio de simbolismos: é o primeiro Esquadrão a atingir os três dígitos em um ano, um recorde que ainda pode ser quebrado. Muitas horas voadas na madrugada. Mas a sua maior importância são os 100 recebedores e suas famílias que, de alguma forma, tiveram suas vidas transformadas”, relata.

Para o Comandante do 6º ETA, Tenente-Coronel Aviador André Maia, o tempo de resposta dos constantes acionamentos atesta a prontidão da Unidade Aérea. “Nossos tripulantes sabem que cada minuto pode fazer a diferença no sucesso do transplante. Para quem está na fila de espera, aguardando um doador, a decolagem de um Guará é a certeza de dias melhores após o pouso. É o voo da vida nas asas da Força Aérea Brasileira”, destacou.

6° ETA

O Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6° ETA), sediado na Base Aérea de Brasília (BABR), é uma unidade aérea da FAB cuja missão é realizar missões de transporte aéreo e de tropa; ligação de comando e evacuação aeromédica.

Atualmente, o 6°ETA opera as aeronaves C-95CM, C-97, C-98 e U-100 Phenom, estando subordinado ao Sexto Comando Aéreo Regional (IV COMAR), onde executa funções de logística que permitem o fluxo de material e pessoal. Ademais, a Organização Militar também executa ações em proveito de outros órgãos da administração pública federal – atendendo aos governos estaduais e municipais – nos casos de calamidade pública, transporte de enfermos e ações de sociais e de ajuda humanitária.

Com a chegada do U-100 Phenom, houve um incremento, na missão do Esquadrão, relacionado ao transporte órgãos, o que proporciona o salvamento de vidas de centenas de brasileiros

i22112520554908730Aparato Legal

A Lei 9.175/17 dispõe sobre órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano para fins de transporte e tratamento. E, segundo o dispositivo legal, a Força Aérea Brasileira (FAB) deve manter uma aeronave sempre disponível para cumprir missões dessa natureza, em atendimento às demandas do Ministério da Saúde (MS).

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) conta com o apoio da FAB para transportar equipes médicas de coleta, que conseguem se mobilizar em menos de duas horas para buscar o órgão e levar ao receptor em qualquer lugar do Brasil.

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é responsável pelo planejamento de missões dessa natureza. De acordo com dados da Organização Militar (OM), fígados e corações são as cargas mais comuns de transporte de órgãos realizados pela Força Aérea.

Fotos: Agência Força Aérea

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).