Pela primeira vez, a Seção de Cães de Guerra do Grupamento de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro participou do Treinamento de Unidades K9, unidades que atuam com cães de guerra das forças armadas e auxiliares, realizado pela Guarda Civil Municipal de Teresópolis, no dia 27 de janeiro.
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O evento contou também com a participação das Seções de Cães do Exército e das Polícia Militar e Civil do Estado do Rio de Janeiro. Durante o treinamento, os cães são estimulados a realizarem atividades de guarda e proteção, detecção de entorpecentes e explosivos. Dessa forma, o cão estará apto a ser empregado nas mais diversas operações, como a guarda de instalações militares e civis de interesse, escolta de pessoal militar, controle de distúrbios e garantia da lei e da ordem, policiamento e controle de trânsito, apoio a ações de patrulha e inspeção naval, ações de presença, inspeção de instalações militares e civis para detecção de entorpecentes e explosivos.
Durante as operações reais, o militar condutor do cão, sempre que possível, realiza o reconhecimento prévio do local a ser inspecionado para garantir a segurança do animal. Os militares são munidos com quites de primeiros socorros; caixas de transporte, para o traslado e descanso dos cães; água e alimentos, além do estudo de clínicas veterinárias, próximas à ocorrência, que possam efetuar atendimento em casos de emergência.
Os exercícios do treinamento visam potencializar as características do animal e servirão de auxílio aos militares durante as operações, sendo um dos exemplos mais conhecidos a utilização do potencial olfativo dos cães. Um cachorro possui cerca de duzentos milhões de receptores olfativos, enquanto os humanos possuem apenas cinco milhões. Essa característica possibilita que o cão detecte odores específicos de entorpecentes ou explosivos em partículas de odor suspensas no ar, sem precisar entrar em contato físico direto com a fonte. A identificação é realizada de forma passiva, o cão senta ou deita, indicando a origem da fonte do odor, e é recompensado.
Na Marinha do Brasil, os militares são capacitados para atuação com cães por meio de cursos de condução e adestramento que ensinam os conceitos básicos de anatomia, fisiologia e comportamento canino, necessidades sanitárias, medidas profiláticas para manutenção da saúde dos animais e conceitos de adestramento que são aprimorados em treinamentos conjuntos, como o realizado em Teresópolis. O exercício garante a difusão dos conhecimentos técnicos sobre cinotecnia, área do estudo relacionada à criação, manejo e treinamento de cães para tarefas específicas como a atividade militar, e, principalmente, estreita os laços entre as instituições.