A segurança nas áreas portuárias do Brasil é fundamental para combater o tráfico de drogas, armas e outros crimes que ameaçam nossa nação. A partir da próxima segunda-feira (6), a Marinha do Brasil assume uma importante missão nos Portos de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) como parte da Operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Esta operação, que se estenderá até 3 de maio de 2024, visa fortalecer a segurança em nossas fronteiras marítimas e portos.

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Protegendo Nossas Fronteiras Marítimas

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Com base no Decreto 11.765, assinado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a Marinha empregará 1.900 militares em ações preventivas e repressivas, em cooperação com órgãos de Segurança Pública. Esta medida concede poder de polícia aos militares para atuarem nessas áreas críticas, fortalecendo a segurança nas fronteiras marítimas do Brasil.

Recursos e Ação Planejada

Para garantir a eficácia desta operação, a Marinha utilizará 120 meios, incluindo Navios-Patrulha, embarcações, Carros Lagarta Anfíbio, Viaturas Blindadas Piranha e Viaturas Blindadas Leves Sobre Rodas (JLTV). Esses recursos fornecerão à Marinha a capacidade de proteger nossos portos de forma abrangente.

Mudança de Abordagem

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Treinamento da Fiona, a bordo do Navio-Patrulha Fluvial “Pedro Teixeira”, durante uma missão – Imagem: SO-PL Ibraim

A operação nos portos representa uma mudança significativa na abordagem da Marinha. Até então, as inspeções navais tinham um caráter administrativo. Com a GLO, a Marinha agora pode empregar tropas para garantir a segurança, como explicou o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen.

Um Desafio Complexo

A escolha dos portos de Itaguaí, Rio de Janeiro e Santos não é por acaso. Essas áreas são cruciais para o fluxo de mercadorias e, portanto, atraem organizações criminosas especializadas no tráfico internacional de drogas e armas. A Marinha contará com 1.100 Fuzileiros Navais para realizar inspeções e repressão a delitos nessas áreas sensíveis.

Trabalho em Equipe

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Embarque de viatura do Corpo de Fuzileiros Navais no Navio-Patrulha Oceânico “Apa”, com destino ao Porto de Santos (SP)

A operação, denominada “Lais de Guia,” representa uma cooperação intensiva entre as Forças Armadas e órgãos de Segurança Pública, incluindo a Polícia Federal, para garantir a segurança e a integridade das áreas portuárias e marítimas envolvidas.

O que é GLO?

A Garantia da Lei e da Ordem (GLO) é uma operação exclusiva do Presidente da República, destinada a ser realizada em áreas específicas e por um período determinado. Geralmente é solicitada pelos governos estaduais quando as forças tradicionais de segurança pública, como a Polícia Militar e a Polícia Civil, não conseguem lidar com situações graves de perturbação da ordem.

Histórico de Ações

As Forças Armadas já atuam em operações de GLO desde a década de 90. A primeira ocorreu durante a ECO-92, no Rio de Janeiro. Desde então, foram realizadas operações durante eventos como a Rio+20, a Copa das Confederações, a visita do Papa Francisco a Aparecida, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. No Rio de Janeiro, a última operação ocorreu entre 2017 e 2018, como parte da Intervenção Federal.

Esta operação, com ênfase nos portos e nas fronteiras marítimas, representa uma nova e crucial fase na proteção das nossas fronteiras.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).