Em Missal, município da região oeste do Paraná, uma operação especial chama a atenção. Dentro do contexto do Exercício Combinado Paraná III, militares se mobilizam para ajudar a população do Estado de Amarelo, um país fictício que enfrenta desastres naturais e conflitos internos, em um treinamento de ajuda humanitária sem precedentes.

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Desarmamento, Desmobilização e Reintegração: O Caminho para a Paz

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Com o agravamento da situação em Amarelo, onde milícias e gangues tomaram o controle, militares do Exército Brasileiro e do Exército do Paraguai montaram, de forma simulada, um espaço chamado “DDR”, que significa Desarmamento, Desmobilização e Reintegração. Neste local, divididos por barracas, militares atendem os cidadãos que desejam abandonar a vida de conflitos e retornar à normalidade, longe da criminalidade que se instaurou no Estado de Amarelo.

Um Novo Começo: A Humanização do Processo

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O Primeiro-Tenente Merichello, do 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado, de Foz do Iguaçu-PR, comanda o espaço e destaca que o local representa o processo final da operação de estabilização do morador local. “Aqui é a parte que o pessoal que estava atuando como combatente deixa de ser combatente. Eles desejam voltar à sociedade e ter uma vida, um trabalho normal. Esse é o momento que ele entrega o armamento e aceita encarar uma nova vida”, explica. Nas barracas, cartazes motivacionais acolhem os cidadãos, com mensagens como “Você tomou a melhor decisão para você e sua família”.

Acompanhamento e Reinserção: O Papel das Instituições

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Além dos militares, profissionais do Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST-SENAT) atuam realizando entrevistas vocacionais para ajudar no encaminhamento ao mercado de trabalho. O cidadão também tem acompanhamento psicológico e recebe um crachá, que permite o monitoramento de seu processo de reintegração à sociedade.

A Importância de Um Recomeço

“Se este processo não for bem feito, é natural que a pessoa que entrega o armamento, mas continua passando pela dificuldade, volte a se armar novamente e retorne para a área de operações como combatente. A intenção é justamente que ele deixe de ser um combatente e volte a ter uma vida normal”, finalizou o tenente. Este exercício, portanto, não é apenas um treinamento militar, mas uma lição de humanidade e esperança.

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).