Imagem de Bruno por Pixabay

O Brasil enfrenta uma crescente onda de crimes ligados ao furto de cabos de telecomunicações, revelando um desafio significativo para a manutenção da qualidade dos serviços de telefonia e internet e, consequentemente, para a segurança pública e a infraestrutura digital do país. Em 2023, a Conexis Brasil Digital, entidade que congrega as principais empresas do setor, divulgou um aumento de 15% nesse tipo de crime, com o volume de cabos subtraídos alcançando alarmantes 5,4 milhões de metros. Este volume seria suficiente para cobrir a distância entre Fortaleza e Lisboa, evidenciando a magnitude do problema.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

Impacto Direto na População e Serviços Públicos

Os furtos não somente geram prejuízos materiais significativos para as operadoras de telecomunicações mas também impactam diretamente cerca de 7,6 milhões de pessoas, que ficaram sem acesso a serviços essenciais de telefonia e internet. A falta desses serviços afeta a vida cotidiana, a economia e a capacidade de resposta a emergências, uma vez que prejudica o acionamento de serviços públicos vitais como polícia, bombeiros e assistência médica.

Disparidades Regionais e Medidas de Combate

A distribuição do problema varia significativamente entre os estados. São Paulo lidera o ranking com o maior número de furtos, seguido por Paraná, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, cada um enfrentando desafios únicos na gestão dessa questão. Notavelmente, o Rio de Janeiro conseguiu reduzir pela metade os casos de furto de cabos, graças a um esforço coordenado entre as autoridades locais e o setor de telecomunicações. Este sucesso destaca a importância do diálogo e da colaboração entre diferentes entidades para a mitigação desse problema.

Necessidade de Ação Coordenada e Legislação Específica

Para enfrentar eficazmente o furto de cabos, a Conexis Brasil Digital apela por uma ação coordenada que envolva todos os níveis do governo – federal, estadual e municipal – além do fortalecimento da legislação. Há uma demanda por leis mais rigorosas que aumentem as penas para os criminosos envolvidos nesses furtos, bem como medidas que responsabilizem as empresas que adquirem materiais furtados. Além disso, propõe-se uma revisão das normativas que penalizam as operadoras de telecomunicações quando o serviço é interrompido devido a furtos, visando não apenas punir os perpetradores mas também proteger as infraestruturas críticas.

Fonte: DCiber.org

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).