Navio Oceanográfico “Antares” realiza estação oceanográfica

O Navio Oceanográfico (NOc) “Antares” finalizou, no dia 9 de fevereiro, a Comissão “South Atlantic Meridional Overturning Circulation” (SAMOC), em apoio a projeto do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

O objetivo da comissão é ampliar a compreensão do papel do oceano Atlântico Sul no sistema climático, na medida em que ele transporta massas de água quente dos trópicos para o norte na superfície do oceano e água fria para o sul no fundo do oceano. Assim, instabilidades nesse sistema podem levar a mudanças abruptas no clima. As atividades incluíram levantamentos oceânicos a bordo de navios do Brasil, Argentina, África do Sul e Alemanha, bem como a implantação de uma pluralidade de plataformas para observação das variações na precipitação e nas temperaturas do ar na superfície.

Na comissão, foram feitas as recuperações de dois dispositivos eletrônicos que se encontravam fundeados há cerca de quatro anos no leito oceânico, distantes aproximadamente 1.400 milhas náuticas da costa brasileira, para obtenção das informações armazenadas. Os equipamentos realizavam a coleta de dados oceanográficos de grande valor científico para a compreensão da circulação das correntes marinhas no Atlântico Sul, visto que a circulação oceânica influencia fortemente a magnitude, o ritmo e os impactos regionais das mudanças climáticas.

posicao do noc antares por ocasiao da recuperacao do primeiro dispositivo
Posição do NOc “Antares” por ocasião da recuperação do primeiro dispositivo

A atuação brasileira no SAMOC refere-se à linha chamada SAMBA (SAMoc Basin-wide Array), cuja pesquisa é conduzida pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. O projeto possui ênfase em estudos da variabilidade em escala de fluxos de calor, formação de água modal e circulação de revolvimento meridional (MOC) do Atlântico Sul. O resultado dos últimos dados coletados, a bordo do Navio Oceanográfico “Antares” e do Navio Hidroceanográfico “Cruzeiro do Sul”, possibilitou, este ano, uma matéria na Revista Nature, a respeito da grandiosidade da temática, de seus impactos globais e da necessidade da concatenação dos organismos internacionais de monitoramento dos dados. A matéria pode acessada em https://www.nature.com/articles/s43247-022-00644-x

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).