O Monumento “Castilhos França”, situado em Belém, Pará, é mais do que uma estrutura física; é um símbolo da agitada história política do estado e das lutas que moldaram seu curso. A história desse período é vividamente retratada no livro “História Geral de Belém e do Grão-Pará” de Carlos Rocque, nas páginas 155 a 157.
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Contexto Político sob Eurico Vale
Durante o governo de Eurico Vale no Pará, que era marcado por uma administração eficiente e austera, surgiu um desafio para os revolucionários paraenses: como conquistar a opinião pública contra um governador bem-aceito e eficaz? A situação paradoxal era que, embora a população desejasse mudanças no nível federal, no estado, as coisas corriam bem sob a liderança de Eurico Vale.
Papel do Jornal O Estado do Pará
O jornal O Estado do Pará, sob a direção de Afonso Justo Chermont e com jornalistas como Alcindo Cacela e Santana Marques, tornou-se o quartel-general dos revolucionários, divulgando ideais de reforma e críticas ao governo.
O Levante e a Tragédia de Castilhos França
O levante revolucionário em Belém, parte da Revolução de 1930, enfrentou dificuldades consideráveis. A morte acidental de Eurico Castilhos França, o líder do movimento revolucionário, por um tiro de sentinela, desferiu um golpe devastador às esperanças dos insurgentes. Apesar disso, o tenente Ismaelino de Castro assumiu a liderança, mas o movimento foi rapidamente controlado pelas forças leais ao governo.
Desenvolvimentos Pós-Revolucionários
Após a Revolução de 1930, ocorreram mudanças significativas na política do Pará. Com a renúncia de Washington Luís e a posse da Junta Governativa, Eurico Vale entregou pacificamente o governo aos revolucionários, marcando o fim de um capítulo na história do Pará. Este período foi seguido por várias reformulações políticas e administrativas, refletindo as novas diretrizes do país pós-revolução.