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Durante um recente evento de cibersegurança, pesquisadores levantaram uma questão alarmante: milhões de dispositivos Android podem estar contaminados com “vírus de fábrica”. Segundo eles, esses malwares têm o objetivo de roubar informações sensíveis dos usuários, incluindo códigos de segurança e senhas. A denúncia, feita por pesquisadores da Trend Micro no evento Black Hat Asia, sugere que as linhas de produção de pelo menos dez empresas chinesas estão comprometidas – embora os próprios criminosos sugiram na dark web que esse número pode ser de até 40.
O ‘Vírus de Fábrica’: Como Ele Funciona
A equipe de pesquisadores não conseguiu especificar exatamente como essa contaminação ocorre, mas está claro que envolve o firmware usado por essas empresas. Ou seja, os dispositivos Android já são entregues aos consumidores com plugins maliciosos instalados, prontos para roubar suas informações e assumir o controle dos aparelhos.
O esquema, conforme descrito pelos pesquisadores, envolve criminosos que conseguem inserir plugins e malwares nos sistemas de firmware que as fabricantes instalam nos aparelhos. Com esta ação, toda a linha de produção acaba sendo afetada, resultando em dispositivos que saem da fábrica já infectados. Os criminosos, então, só precisam esperar que os usuários ativem seus aparelhos para começar a roubar informações.
O Impacto do ‘Vírus de Fábrica’
Já foram identificados quase 9 milhões de dispositivos afetados, com 80 tipos diferentes de vírus detectados. O que é mais alarmante é que, após a infecção inicial, os criminosos que controlam os malwares alugam os dispositivos infectados para outros criminosos. Durante esse período de aluguel, o bandido pode ter acesso total ao dispositivo de uma pessoa, permitindo o roubo de credenciais de acesso a diversos aplicativos, localização via GPS, acesso ao endereço IP, controle do dispositivo e até mesmo o controle de redes sociais e aplicativos de mensagens.
Protegendo-se do ‘Vírus de Fábrica’
Esse problema não se limita apenas a celulares Android, mas também se estende a smartwatches, televisores e outros equipamentos que utilizam o sistema Android, principalmente os modelos mais simples e baratos. Para evitar ser vítima deste problema, os consumidores são aconselhados a optar por produtos de marcas globalmente conhecidas, que tendem a ter controles de segurança muito mais rigorosos. Além disso, é sempre importante adquirir esses dispositivos de revendedores oficiais.
Fonte: DCiber.org
