Em um tributo emocionante na costa do Pará, a Marinha do Brasil (MB) honrou, na terça-feira (4), os cinco marinheiros do Navio Mercante “Pelotasloide” que perderam a vida durante um ataque do submarino alemão U-590, na Segunda Guerra Mundial, exatamente em 4 de julho de 1943. O Navio-Patrulha “Bocaina” lançou uma coroa de flores ao mar na posição do naufrágio, às 12h45, horário exato do torpedeamento. A homenagem ocorreu 80 anos depois da tragédia, marcando também o mês em que a MB tradicionalmente recorda os marinheiros, civis e militares, mortos em guerra.
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Contexto histórico do ataque
Em 1942, o Brasil rompeu relações diplomáticas com os países do Eixo – Alemanha, Itália e Japão. Com a crescente cooperação militar entre o Brasil e os Estados Unidos, e o alinhamento claro do Brasil com os Aliados, o Alto Comando alemão planejou uma operação contra os principais portos brasileiros, utilizando submarinos. O “Pelotasloide”, um navio de carga construído na Itália em 1918 e fretado ao governo norte-americano, estava a caminho do Porto de Belém (PA), carregando 3 mil toneladas de carvão mineral e 400 toneladas de carga dos Estados Unidos, incluindo material de guerra.
O ataque e as perdas
No fatídico dia 4 de julho de 1943, o “Pelotasloide” foi atingido por dois torpedos, resultando em danos graves que levaram o navio a naufragar. Apesar dos esforços de resposta imediata dos Caça-Submarinos brasileiros, a presença suspeita de minas navais na área obrigou-os a se retirar. No total, a Segunda Guerra Mundial viu a perda de 33 navios mercantes brasileiros e as mortes de 480 tripulantes e 502 passageiros, bem como a perda de 21% da capacidade de carga dos mercantes brasileiros da época.
A importância da memória e do reconhecimento
Este evento de homenagem destaca a importância de honrar aqueles que fizeram sacrifícios inestimáveis pela segurança e soberania do Brasil. É uma poderosa lembrança da coragem e dedicação dos marinheiros do Brasil e do perigo inerente à guerra. O reconhecimento desses sacrifícios e a preservação dessas histórias são cruciais para honrar a memória daqueles que serviram e morreram, e para educar as gerações futuras sobre o preço da liberdade e da paz.