Submarino “Humaitá” é o segundo dos quatro submarinos convencionais do PROSUB

O Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, revelou que o Presidente Lula (PT) e a alta cúpula da Marinha debateram a situação do submarino de propulsão nuclear, um projeto que o Brasil desenvolve com a tecnologia francesa. Essa discussão estratégica ocorreu durante um jantar com almirantes na quarta-feira (14).

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De acordo com o Ministro, o jantar ocorreu em um ambiente amistoso e muito produtivo. “Conversamos muito sobre o Programa de Submarinos (Prosub) da Marinha. O presidente tinha essa dúvida sobre a situação do projeto”, contou o Ministro.

O Prosub: Um Mar de Oportunidades

O Prosub é o principal projeto desenvolvido pela Marinha brasileira em parceria com a França. Esse programa estratégico busca expandir as capacidades de defesa do Brasil, e contempla “a produção de quatro submarinos convencionais e a fabricação do primeiro submarino brasileiro convencionalmente armado com propulsão nuclear”, de acordo com a própria Marinha.

Essa é uma iniciativa de grande importância, não apenas para a soberania do Brasil, mas também para o avanço tecnológico nacional. O desenvolvimento de um submarino com propulsão nuclear coloca o país em um seleto grupo de nações com tal capacidade, ao lado de potências como Estados Unidos, Rússia e China.

O Apoio Presidencial e a Aproximação das Forças Armadas

Durante o jantar, o Presidente Lula sinalizou apoio à conclusão do projeto Prosub. Segundo o Ministro da Defesa, o Palácio do Planalto tem utilizado os projetos prioritários das Forças Armadas para estreitar relações com os militares. Há uma definição, por exemplo, para que muitos deles integrem o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve ser apresentado nos próximos dias.

Apostar em projetos como o Prosub não é apenas uma estratégia de aproximação política, mas também um investimento em tecnologia e defesa nacional. Ao apoiar esse programa, o governo fortalece a Marinha brasileira e, consequentemente, aumenta a segurança do país em um cenário global cada vez mais complexo.

Resistência e Aproximação

O Ministro Múcio assegurou que, apesar do clima descontraído, o encontro com a cúpula da Marinha não envolveu discussões políticas. “Foi zero política”, afirmou.

Historicamente, a Marinha foi uma das Forças que mais resistiu ao governo Lula. No entanto, o atual momento aponta para uma aproximação entre a instituição e o governo. A resistência ao Presidente, antes liderada pelo antigo comandante, almirante Garnier Santos, parece estar mudando de curso sob a liderança do atual comandante, Sampaio Olsen.

Em suma, o jantar entre a presidência e a cúpula da Marinha se mostrou um marco para o futuro do Prosub. Com a continuidade do programa e o apoio presidencial, o sonho do submarino nuclear brasileiro está cada vez mais próximo de se tornar uma realidade.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).