Mulheres são desafiadoras, engajadas e destemidas por natureza. Por isso, no dia 03/03, a aeronave C-105 Amazonas do Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15° GAV) – Esquadrão Onça, localizado na Base Aérea de Campo Grande (BACG), lançou 24 mulheres paraquedistas militares em uma ação conjunta entre o Exército Brasileiro (EB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres. A instrução aconteceu na Base Aérea dos Afonsos (BAAF), localizada no Rio de Janeiro. As paraquedistas saltaram de uma altura de 1.000 pés (aproximadamente 300 metros). O percurso até o solo foi entre 47 e 60 segundos.

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i223713322707190No Brasil, a presença feminina esteve atuante durante toda a história do paraquedismo no País. Rosa Shorling, nascida no Espírito Santo, foi a primeira brasileira a entrar para a história do paraquedismo, saltando na Baía de Guanabara, em novembro de 1940. Dez anos depois, foi a primeira mulher a obter o brevê de paraquedista no território nacional. No ano de 2009, a Sargento Vanessa Felix realizou um feito inédito até então, ela foi a primeira mulher a obter obrevê de paraquedista da Força Aérea Brasileira.

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A Sargento Raniela Raica Finatto é a primeira mulher Mestre de Salto (MS), cumprindo tarefas como calcular e efetuar o lançamento de uma equipe de paraquedistas após identificar a intensidade e a direção do vento, sem ter uma informação de referência no solo para o pouso. É o chamado lançamento precursor; e Especialista em Dobragem Paraquedas e Suprimento pelo Ar (DoMPSA) da FAB, que tem a função de planejar e executar atividades como: recebimento, inspeção, dobragem, armazenamento, manutenção, distribuição de paraquedas e lançamento de suprimentos.

i223713322601123Por sua vez, a Sargento Raica, que desde 2015 exerce a função de dobragem e manutenção de paraquedas, realizou o primeiro voo como Mestre de Salto. “Querendo ou não, toda a segurança da atividade aeroterrestre está nas mãos do especialista DoMPSA que organizam os paraquedas e deixam em condições para uma atividade segura. É uma atividade de suma importância tanto pra parte de segurança como adestramento de tropa”, contou.

i223713330002299A Sargento Ágatha Brenda Rodrigues Lima, da Base Aérea de Campo Grande (MS), fala sobre a interação com as Forças. “Esse momento é muito importante, entre as Forças irmãs e a tropa paraquedista. Ela está sempre pronta para cumprir a missão de i223716163304094infiltrar no terreno, onde não seja possível infiltração terrestre em quaisquer condições”, explicou.

A Sargento Camila Dutra Moreira Moreno, do Destacamento de Saúde Paraquedista do Exercito Brasileiro, falou como é estar à frente de uma profissão tão corajosa. “Não me sinto diferente, sinto-me honrada e privilegiada em fazer parte do seleto grupo de paraquedistas. E poder estar na atividade há tantos anos e ainda ter conseguido me especializar em mestre de salto e com isso poder representar as mulheres em diversas atividades e lugares que estive”, declarou.

i223713325007022Saiba Mais – O Curso de Paraquedismo Militar da Aeronáutica é realizado a cada dois anos e dividido em duas fases. A primeira é dedicada aos exercícios para condicionamento físico e a segunda consiste no treinamento das técnicas de salto, como a saída da aeronave e chegada ao solo. Os alunos também têm instruções para as fases noturna e na água. Ao final, os militares realizam saltos semiautomáticos, em que o sistema de acionamento do paraquedas é conectado a um gancho na aeronave, proporcionando lançamentos em altitudes mais baixas. Num deles, inclusive, o militar é equipado com mochila e armamento.

Assista aqui ao vídeo e veja como foi o salto de paraquedas.

Vídeo: Civil Lucas/ CECOMSAER e Civil Marcelo / DECEA

Fotos: Suboficial Nery / CECOMSAER, Civil Fábio / DECEA e Arquivo (Exército Brasileiro)

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).