Na última sexta-feira, o exercício marítimo multinacional UNITAS LXIV, o mais antigo do mundo, teve sua conclusão. Coordenado pelos Estados Unidos desde 1960, a edição de 2023 contou com a Armada da Colômbia como anfitriã. O evento reuniu as marinhas de 20 países, e o Brasil marcou sua participação através da Fragata “Defensora”.

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Os exercícios foram iniciados no dia 11, tendo como principal objetivo testar e aperfeiçoar a interoperabilidade entre as marinhas participantes. A fase marítima da Operação ocorreu do dia 15 ao 20, marcada por diversas práticas desafiadoras.

A Fragata “Defensora” no centro da ação

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Fragata “Defensora”, pertencente à Classe “Niterói” de navios-escolta da Marinha do Brasil

Nas águas da Colômbia, a Fragata “Defensora” mostrou sua força e destreza, compondo a Unidade-Tarefa Multinacional de Superfície e atuando como Coordenadora da Guerra Eletrônica. O navio brasileiro enfrentou desafios em quatro ambientes de guerra: superfície, aéreo, submarino e cibernético.

Os destaques foram o tiro antiaéreo noturno sobre flare e o tiro com canhão de 4.5’ sobre alvo de superfície. Notavelmente, a “Defensora” ocupou a primeira posição em formação com outros sete navios no exercício de tiro com canhão de 4.5″ sobre alvo flutuante. Após 15 disparos bem-sucedidos contra o alvo a aproximadamente 3.100 metros de distância, a fragata solidificou seu papel de destaque na Operação.

A Fragata “Defensora”: Mais do que um Navio de Guerra

Após a “UNITAS LXIV”, a Fragata “Defensora” vai participar da Operação “Camex Delta Amazonas”, na foz do rio Amazonas. O foco será em operações e ações de guerra naval, visando o controle da área marítima na região.

No entanto, os esforços da “Defensora” não se limitam a operações de guerra. Ainda no contexto da Operação “UNITAS LXIV-2023”, o navio também se fez presente na 3ª edição do Exercício Multinacional de Assistência Humanitária e Apoio a Desastres “Solidarex-2023”. O objetivo do exercício foi fortalecer a interoperabilidade de uma Força-Tarefa Multinacional em resposta a desastres naturais de grande magnitude no mar do Caribe.

Conhecendo a Fragata “Defensora”

Pertencente à Classe “Niterói” de navios-escolta da Marinha do Brasil, a Fragata “Defensora” é o segundo navio a ostentar esse nome na Marinha brasileira. Concebida como Navio-Escolta, ela desloca até 3.800 toneladas e possui convés de voo e hangar para um helicóptero, além de uma tripulação de cerca de 200 militares. Com sensores e armamentos de última geração, ela pode localizar e destruir aeronaves, navios de superfície e submarinos inimigos, além de patrulhar nossas águas.

Com uma visão mais aprofundada da Fragata “Defensora” e sua participação na UNITAS LXIV, vemos que ela não é apenas um navio de guerra, mas um veículo de união global, força e assistência humanitária.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).