Realizado em parceria com o Institute for Defense Analyses (IDA) e com a Assessoria de Planejamento Baseado em Capacidades do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), o Curso “Planejamento Baseado em Capacidades 2021”, da Escola Superior de Defesa (ESD), encerrou sua fase presencial na última sexta-feira (3). A segunda etapa foi iniciada no dia 30 de novembro, após aulas on-line realizadas desde o mês de setembro. A formação é realizada com o objetivo de contribuir para a racionalização e para a estruturação das Forças Armadas em torno de capacidades e, dessa forma, assegurar o cumprimento de suas missões constitucionais, conforme disposto nos documentos condicionantes do planejamento estratégico nacional.
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Nas classes remotas, foram promovidos quatro seminários virtuais sobre diferentes temas, que abordam experiências internacionais do setor. Já nas aulas presenciais, o foco foi a prática, com a realização de simulações, oficinas e treinamentos que envolvem a transformação de diretrizes da política e estratégia em capacidades militares; bem como a priorização de orçamento para a gestão de Defesa. Totalizando 36 horas, a formação contemplou experiências da metodologia do PBC em países como Estados Unidos, Colômbia e Reino Unido.
Os 25 participantes do curso integram o Ministério da Defesa, a ESD, a Escola Superior de Guerra e as Forças Armadas, sendo 18 militares e sete civis. As classes foram ministradas pelo professor doutor Peterson Ferreira da Silva, que destaca, como ponto forte, a capacitação em uma metodologia de planejamento utilizada em vários países, inclusive, da América do Sul. “Os exercícios da simulação utilizando banco de dados relacionais deixaram claro como o PBC contribui para a articulação entre política, estratégia, orçamento, prioridades e aquisições militares”, explicou.
Para a Capitão de Fragata Patrícia Pontes Bezerra, aluna do curso, o tema é relevante e contribuirá para o aperfeiçoamento do trabalho da Divisão Pedagógica, que ela chefia no Departamento Acadêmico da ESD. “Destaco dois aspectos importantes: ser capaz de e medir essa capacidade. Nós que trabalhamos com capacitação nem sempre conseguimos fazer a conexão dos processos com as necessidades de prontidão das Forças. E o principal ganho do curso, na minha opinião, é a articulação dos projetos com as demandas. Além disso, o conteúdo foi muito inovador e a metodologia se apresentou moderna, proativa e eficiente”, disse.
As simulações realizadas na fase prática foram coordenadas por Laura Cleary, Aaron Taliaferro, Shaun K. McGee, Patrick Goodman e Mariana Martínez Cuéllar, professores e instrutores do IDA.
Por Suellen Siqueira
Fotos: divulgação ESD