A modernização dos processos construtivos na indústria naval, como o empregado na construção da Fragata Tamandaré, tem proporcionado diversas vantagens em relação aos métodos tradicionais. A produção em blocos permite instalar acessórios e fundações antecipadamente, facilita a colocação de equipamentos a bordo e possibilita a realização de trabalhos em diferentes etapas, de maneira segregada em cada unidade. Além disso, essa abordagem contribui para o aumento da segurança dos colaboradores, mantendo espaços abertos por mais tempo durante a construção.

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Inovação no PFCT: projeto “Paperless”

As inovações envolvidas no Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT) se estendem a toda a cadeia produtiva. Projetos desse porte geralmente envolvem uma grande quantidade de documentos impressos, como desenhos, procedimentos e manuais, o que demanda muitas cópias e atualizações constantes. Visando melhorar essa prática, o estaleiro implementou uma metodologia para projetos de engenharia chamada “Paperless”. Essa abordagem consiste em eliminar o uso de desenhos em papel na linha de produção das Fragatas e transformá-los em arquivos digitais.

Benefícios do projeto “Paperless”

A implementação do projeto “Paperless” traz benefícios significativos para a segurança das informações e para o meio ambiente. A confidencialidade exigida em um projeto militar é garantida pelo armazenamento de documentos sensíveis em formato digital, o que dificulta o acesso indevido e vazamentos. Além disso, a redução no uso de papel contribui para a sustentabilidade ambiental e otimização de recursos. Ao adotar essa abordagem inovadora, a construção da Fragata Tamandaré reforça seu compromisso com a modernização e a eficiência no setor naval brasileiro.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).