A Amazônia, com sua imensidão verde e rios serpenteantes, foi palco de um evento singular no último dia 4 de dezembro. A Agência Fluvial de Itacoatiara (AgItacoatiara), sob a égide da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC), organizou uma cerimônia que não apenas celebrou a conclusão de um curso de formação, mas também simbolizou um avanço significativo na integração e empoderamento de comunidades indígenas na região.

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Capacitação Profissional e Inclusão

Realizada na Ilha Michiles, zona rural do município de Maués (AM), a cerimônia alusiva ao término do Curso de Formação de Aquaviários (CFAQ) marcou um momento histórico para a etnia Sateré-Mawé. Este curso, desenvolvido entre 21 e 27 de novembro, ofereceu a 30 alunos, sendo 27 Marinheiros Auxiliares Fluviais de Convés e 3 Marinheiros Auxiliares Fluviais de Máquinas, a oportunidade de adquirir habilidades essenciais para a navegação fluvial, um setor vital para a economia e o transporte na Amazônia.

Impacto Econômico e Social

A inclusão de membros da comunidade indígena Sateré-Mawé neste programa de formação representa um passo importante na direção de uma maior autonomia econômica e social. Além do impacto direto na vida dos formandos, a iniciativa traz benefícios para toda a comunidade, promovendo o desenvolvimento local e abrindo novas perspectivas de trabalho e geração de renda. A presença de empresários locais do ramo da navegação no evento enfatiza a relevância econômica e as potenciais oportunidades de emprego que surgem a partir desta formação.

Integração Cultural e Fortalecimento de Vínculos

A realização deste curso em uma comunidade indígena vai além da capacitação técnica. Ela simboliza uma ponte de integração entre a cultura tradicional indígena e as modernas exigências profissionais, fortalecendo os vínculos entre as comunidades ribeirinhas e o resto do país. Este evento é um exemplo da tríplice hélice em ação, onde forças armadas, indústria e academia colaboram para o desenvolvimento sustentável e inclusivo, uma abordagem essencial para o progresso da Base Industrial de Defesa do Brasil.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).