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No dia 4 de outubro, o Complexo Naval de Itaguaí foi palco de um evento que marcará a história da Marinha do Brasil. A cerimônia do Corte da Primeira Chapa da Seção de Qualificação do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN) simboliza o início de um projeto ambicioso e estratégico para o país. Presidida por figuras de destaque da Marinha, como o Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, a cerimônia reuniu autoridades, especialistas e trabalhadores envolvidos no projeto.
O Que Representa a Seção de Qualificação?
Embora a Seção de Qualificação não seja uma parte integrante do submarino, sua importância é inegável. Segundo o Contra-Almirante (EN) Marcio Ximenes Virgínio da Silva, essa seção é crucial para validar e certificar o processo de construção do submarino. Através dela, será possível avaliar a capacidade do Brasil, único no hemisfério sul, de construir um submarino com características tão avançadas. O processo envolve diversas etapas, desde o corte das chapas até a análise de todos os desafios inerentes à construção de uma seção que pesa cerca de cem toneladas.
Um Projeto Estratégico para o Brasil
O SCPN é mais do que um submarino; é um símbolo do potencial brasileiro. Fazendo parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos, este projeto tem como objetivo capacitar o Brasil a projetar e construir submarinos de ponta, promovendo a transferência de tecnologia, nacionalização de equipamentos e capacitação de pessoal. Além disso, tem um impacto significativo na economia, com a geração de milhares de empregos. Renaud Poyet, presidente da Itaguaí Construções Navais, destacou que o Brasil está elevando sua tecnologia ao nível de grandes potências mundiais, como França e Estados Unidos, garantindo a proteção do vasto litoral brasileiro.
Contribuição Acadêmica e Impacto Social
A parceria com universidades e institutos de pesquisa é fundamental para o sucesso do projeto. A Dra. Inayá Corrêa Barbosa Lima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ressaltou a importância dessa colaboração para disseminar o conhecimento nuclear no país e reter talentos. Além disso, o projeto tem um impacto direto na vida de muitos trabalhadores, como Danusa Morais, soldadora que expressou seu orgulho em fazer parte deste marco histórico e tecnológico.
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