Em setembro de 2021, a Marinha do Brasil e a Polícia Federal apreenderam o navio-veleiro “Lamia” com mais de 600 quilos de haxixe, em uma operação interagências, a cerca de 180 quilômetros do Arquipélago de Fernando de Noronha. Porém, o que parecia ser o fim da embarcação foi apenas o começo de uma nova jornada.

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Apresamento do veleiro “Lamia”, em 2021, durante a operação interagências. Imagem: Polícia Federal

A doação do veleiro aos Escoteiros do Brasil foi concretizada no início deste ano, em Natal, com apoio da Base Naval de Natal. O objetivo do projeto de longa data é oferecer aos jovens a oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre o mundo marítimo.

Após uma viagem desafiadora com uma equipe formada por quatro velejadores voluntários do movimento escoteiro, o veleiro atracou na Capitania dos Portos de Paranaguá nessa terça-feira, após percorrer mais de 2.200 milhas náuticas, passando por Cabedelo, Maceió, Salvador, Ilhéus, Vitória, Rio de Janeiro, Ilhabela e Santos.

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Veleiro ancorado na Capitania dos Portos do Paraná – Imagem: Gutemberg Martins

A Marinha prestará apoio logístico, por meio de pequenos reparos e abastecimento, quando possível. O veleiro ficará em Paranaguá por conta da proximidade da sede nacional dos Escoteiros do Brasil, localizada em Curitiba.

O objetivo agora é transformar o navio-veleiro em um barco-escola para adultos e jovens escoteiros. De acordo com Marco Antônio Bortoli, Coordenador Nacional dos Escoteiros do Mar, o plano pedagógico de treinamento será criado para preparar adultos voluntários como tripulantes da embarcação. O projeto vai além do ensino de navegação, pois busca promover socialização, vida em equipe e a conscientização marítima.

Com a expectativa de que tudo esteja aprovado pela direção nacional a partir do próximo ano, a embarcação se tornará um importante instrumento de aprendizagem para aqueles que desejam adentrar no mundo marítimo.

Escoteiros do Mar
O grupo “Escoteiros do Mar” é uma das vertentes do Escotismo, movimento que foi trazido ao País por militares da Marinha do Brasil em 1910. Na década de 1920, o movimento foi crescendo e culminou na criação do primeiro Regulamento dos Escoteiros do Mar, pelo Ministro da Marinha, em 1923.

A modalidade do mar tem ênfase na realização de atividades aquáticas, buscando desenvolver nos jovens o gosto pela vida náutica, pelas artes e técnicas marinheiras. É incentivado a navegação à vela e a motor, viagens e transportes náuticos, pesca, estudo da oceanografia, realização de esportes náuticos e submarinos.

No litoral do Paraná, existem dois Grupos de Escoteiros do Mar. O Grupo de Escoteiros do Mar da Ilha do Mel, localizado em Paranaguá, e o Grupo de Escoteiros do Mar Antonina, localizado em Antonina.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).