Na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), coordenada pela Marinha do Brasil, a adaptação dos veículos ao ambiente extremo é fundamental para garantir a eficiência das atividades científicas, logísticas e operacionais. Com 12 diferentes tipos de veículos em uso, é necessário que cada um deles esteja preparado para enfrentar as condições adversas da região, como terrenos cobertos por cascalhos, pedras e neve, além das baixas temperaturas, que no verão chegam a uma média de zero graus Celsius.

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O Capitão de Fragata (Fuzileiro Naval) Fábio Santos de Araújo, Chefe da Estação Antártica Comandante Ferraz, destaca a importância da versatilidade desses veículos para atender às demandas logísticas e de pesquisa na EACF. Para isso, é necessário utilizar óleo e combustível específicos para baixas temperaturas e realizar ajustes especiais nos veículos conforme a presença de neve e gelo.

Adaptações e configurações dos veículos

As viaturas da EACF são adaptadas para enfrentar as condições antárticas, como a utilização de correntes nos pneus para garantir a tração necessária quando o terreno está coberto de neve. Além disso, o Capitão Fábio Santos de Araújo menciona que alguns veículos, como o quadriciclo, possuem duas configurações distintas: pneus para o verão e esteiras para o inverno, permitindo o melhor e mais seguro desempenho no terreno.

Segurança e manuseio dos veículos

Outro aspecto importante na condução dos veículos na EACF é o uso de equipamentos de segurança e a observância de cuidados específicos ao dirigir. Capacete para o quadriciclo e roupas antárticas são essenciais para proteger os condutores do frio extremo. Além disso, a condução das viaturas deve ser sempre em baixa velocidade, devido à irregularidade do terreno. O Capitão Fábio Santos de Araújo ressalta a atenção à direção quando a área está coberta por neve, pois pedras escondidas podem comprometer a segurança do pessoal.

Caminhão Guindaste

Movimenta cargas pesadas, com capacidade para 30 toneladas.

foto1 guindaste

Guindaste

Movimenta cargas pesadas e grande volume, com capacidade para seis toneladas.

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Pá Carregadeira

É utilizada para transporte de contêineres e auxilia no içamento de cargas até cinco toneladas. Os pneus recebem correntes para evitar derrapadas e perda de tração, por causa de neve ou gelo.

foto3 pa carregadeira

Tratores

Esses veículos têm capacidade de carga de 15 toneladas e são utilizados nas manobras com as chatas de carga e de combustível, empurrando essas embarcações para o mar, e depois puxando-as para encalhe na praia. Eles Também auxiliam na remoção de neve do terreno, para facilitar o deslocamento do pessoal e de outras viaturas.

foto4 tratores

Minicarregadeira

Possui pequenas dimensões e grande manobrabilidade para operar em áreas mais restritas, e entre obstáculos. Transporta até 1.599kg e auxilia em escavações e nivelamento do terreno.

foto5 minicarregadeira

Manipulador Telescópico

Veículo sobre rodas que proporciona a elevação de cargas e é utilizado em conjunto com a plataforma de trabalho elevatória para facilitar a manutenção em áreas elevadas da EACF.

foto6 manipulador telescopio

Moto de Neve

É utilizada para o deslocamento de pessoal na neve. Durante o inverno, apoia no recolhimento de carga lançada pelo voo de apoio, com esquis frontais e tração traseira por esteiras. Ela transporta 30 kg e reboca trenós com cargas de até 500 kg.

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Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).