O primeiro computador brasileiro é tema de uma exposição recém-inaugurada no Espaço USP Integração & Memória, localizado no prédio da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP). O equipamento concluído em 1972 foi o embrião para o desenvolvimento do “G-10”, computador impulsionado pela Marinha do Brasil (MB) há 50 anos.
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Na época, a MB precisava de tecnologia para o programa de nacionalização de eletrônica de bordo e encomendou o “G-10” à USP, para ser utilizado nos sistemas de navegação de suas fragatas e submarinos. A Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico para Engenharia (FDTE) foi, então, criada pela USP para liderar o processo de construção do projeto.
Desenvolvido por técnicos e engenheiros da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e representantes da MB, o nome “G-10” homenageava o Comandante José Luís Guaranys, representante da Marinha no Grupo de Trabalho Especial, criado para promover a construção do computador.
A demanda da MB pelo “G-10” resultou no fomento de uma tecnologia que possibilitou a inserção da engenharia brasileira em áreas nacionais de software e hardware, alavancando o desenvolvimento de áreas como a de controle e tráfego metroviário; simuladores para plantas nucleares; algoritmos para processos bancários e composição de custos para a construção civil.
A abertura da exposição aconteceu no início de fevereiro, em cerimônia com a participação do Diretor do Centro de Coordenação de Estudos da Marinha em São Paulo, Capitão de Mar e Guerra (EN) Rafael de Abreu González, do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, e do Diretor de Operações da FDTE, José Roberto Castilho Piqueira.
Há 66 anos, a Marinha e a Universidade de São Paulo possuem um Acordo de Cooperação Técnica, que originou diversas parcerias com benefícios à sociedade, como o desenvolvimento dos Equipamentos de Suporte Respiratório Emergencial e Transitório tipo “Ambu Automatizado”, o INSPIRE, na época da pandemia da Covid-19.