O acordo de cooperação foi assinado no Salão de Atos da Reitoria, no dia 30 de junho – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Em uma solenidade realizada nesta quinta-feira, dia 30 de junho, no Salão de Atos da Reitoria, a USP e a Marinha do Brasil assinaram a renovação do acordo de cooperação técnica entre as duas instituições para a promoção de ensino e de pesquisa.

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“Esse é um dos mais longevos e profícuos convênios da USP. É uma parceria de duas instituições de Estado, unidas por objetivos comuns e para o benefício da sociedade. O ventilador Inspire é um bom exemplo disso. A USP procura, cada vez mais, firmar parcerias com outras instituições que possam contribuir para melhorar a vida das pessoas”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.

A parceria da Universidade com a Marinha, que remonta ao ano de 1956, resultou na criação do primeiro curso de Engenharia Naval do País, oferecido pela Escola Politécnica (Poli), e em diversos projetos de pesquisa.

“É uma grande honra assinar a renovação do acordo de cooperação com a USP, reforçando essa parceria que presta um grande serviço para o Brasil. Foram muitos os frutos que já tivemos, como a formação dos primeiros engenheiros navais formados no País e o desenvolvimento de embarcações e do nosso submarino nuclear. Agora, estamos trabalhando para implantar, de maneira inédita, o primeiro curso de Engenharia Nuclear da USP”, destacou o diretor de ensino da Marinha, vice-almirante Sergio Fernando de Amaral Chaves Júnior.

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O primeiro acordo de cooperação entre a USP e a Marinha do Brasil foi assinado em 1956 – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

Também participaram da cerimônia o chefe do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica, Bernardo Luis Rodrigues de Andrade, representando o diretor da Poli, Reinaldo Giudici; o diretor do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), vice-almirante Guilherme Dionízio Alves; e o diretor do Centro de Coordenação de Estudos da Marinha em São Paulo, capitão de mar e guerra Rafael de Abreu González.

Parceria USP e Marinha

A parceria entre a USP e a Marinha do Brasil começou em 1956, quando a Marinha decidiu se associar a uma grande universidade para que suas pesquisas na área de ciência e tecnologia fossem conduzidas por uma instituição acadêmica civil.

Esse acordo resultou na criação do primeiro curso de Engenharia Naval do País, oferecido pela Escola Politécnica. Ao todo, já foram formados mais de 500 oficiais engenheiros para a Marinha e cerca de 2 mil engenheiros navais civis.

As pesquisas desenvolvidas em conjunto resultaram na incorporação de inovações por parte da Marinha e de empresas que atuam no setor naval ou na região oceânica. Entre os avanços obtidos estão o desenvolvimento do primeiro computador brasileiro, o Patinho Feio, ainda no começo da década de 1970; a evolução na área de construção de reatores e segurança nuclear; o avanço em automação e controle promovido pelo desenvolvimento de inovações necessárias para as fragatas e corvetas; e o conhecimento produzido pelo Tanque de Provas Numérico (TPN) e sua estrutura de simulação.

Durante a pandemia da covid-19, a Escola Politécnica e o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo uniram esforços para desenvolver e produzir o ventilador pulmonar Inspire. Em pouco mais de um ano, mil equipamentos foram produzidos e distribuídos para 219 cidades de 16 Estados brasileiros, inclusive com o envio de 40 unidades para a cidade de Manaus no auge da crise sanitária que acometeu o Estado do Amazonas, em janeiro de 2021.

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[A partir da esquerda] Bernardo Luis Rodrigues de Andrade, vice-almirante Guilherme Dionízio Alves, Carlos Gilberto Carlotti Junior, vice-almirante Sergio Fernando de Amaral Chaves Júnior e o capitão de mar e guerra Rafael de Abreu González – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Fonte: Jornal da USP