Nascido em 1911, na cidade de Rio Negro, Paraná, Max Wolff Filho foi um homem moldado pelas adversidades e conflitos de seu tempo. Filho de Max Wolff, um imigrante alemão, e Etelvina, natural da Lapa/PR, Max Jr. cresceu em um contexto histórico turbulento, marcado pela Guerra do Contestado. Desde jovem, mostrou-se versátil e comprometido, trabalhando na moagem de café com seu pai e, posteriormente, no setor de navegação no Rio Iguaçu. A rotina de trabalhos pesados não apenas forjou seu caráter resiliente, mas também preparou-o para os desafios futuros que enfrentaria em campos de batalha distantes.

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A CAMINHADA MILITAR E A ASCENSÃO AO PATAMAR DE HERÓI

Iniciando sua carreira militar no 15º Batalhão de Caçadores, Max Wolff não tardou a se destacar. Sua participação na Revolução de 1930 e subsequente transferência para o Rio de Janeiro foram apenas os primeiros passos de uma trajetória excepcional. No auge da Segunda Guerra Mundial, já como membro da Força Expedicionária Brasileira (FEB), seu espírito voluntário e coragem notável lhe renderam a admiração e o respeito não apenas de seus pares, mas também das forças aliadas, incluindo o V Exército Americano. Seu compromisso com missões arriscadas e sua habilidade em liderar com empatia e inteligência tática o elevaram a um status quase lendário entre os soldados.

O SUPREMO SACRIFÍCIO E A BATALHA DE MONTE CASTELO

A verdadeira medida de um herói é frequentemente testada em condições extremas, e para Max Wolff, esse momento veio durante a crucial Batalha de Monte Castelo. Voluntariando-se para patrulhas perigosas e missões de resgate, Wolff demonstrou uma bravura sem limites. Em um dos confrontos mais intensos, liderou um pelotão de elite na conquista do ponto estratégico conhecido como “ponto cotado 747”, onde, com a astúcia de um estrategista e a valentia de um guerreiro, enfrentou e subjugou as forças inimigas. Infelizmente, foi durante essa operação que Max Wolff Filho encontrou seu destino, tombando heroicamente no campo de batalha e deixando um legado de sacrifício e heroísmo.

O LEGADO ETERNIZADO

Promovido postumamente a segundo tenente, Max Wolff Filho não apenas recebeu honrarias como a Cruz de Combate de 1ª Classe e a Bronze Star americana, mas também se tornou um símbolo permanente do espírito de luta e determinação. Seu nome vive não apenas nos registros e condecorações, mas no coração de todos aqueles que valorizam a coragem e o comprometimento com ideais maiores que a própria vida. Sua história é um testemunho eterno do papel vital que um soldado pode desempenhar na moldura da história de uma nação.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).