Em um marco histórico para as Forças Armadas brasileiras, a Marinha do Brasil (MB) celebra a qualificação da primeira mulher a conduzir um navio na Antártica, durante a 42ª Operação Antártica (OPERANTAR). A Capitão-Tenente (Intendente de Marinha) Sabrina Caldeira Fernandes da Silva, ao se tornar apta para o serviço de Oficial de Quarto a bordo do Navio de Apoio Oceanográfico “Ary Rongel”, não apenas rompe barreiras geográficas e climáticas, mas também reforça o papel crescente das mulheres nas atividades operativas da MB.
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Uma conquista nas águas gélidas: Dedicação e preparo
A trajetória de Sabrina na Marinha, desde seu ingresso em 2016, é um testemunho do espírito de determinação e competência feminina. Seu processo de qualificação, que exigiu um esforço intenso e uma dedicação admirável durante três meses, culminou na habilidade de conduzir o navio em uma das regiões mais desafiadoras do mundo: o continente antártico. O desafio de navegar pelas águas do Estreito de Drake e as operações aéreas, além do suporte logístico à Estação Antártica Comandante Ferraz, são agora tarefas que Sabrina pode realizar com a mesma eficácia e segurança que seus colegas masculinos.
Importância estratégica e operacional do Oficial de Quarto
O papel do Oficial de Quarto, como destaca o Comandante do “Ary Rongel”, Capitão de Mar e Guerra Marco Aurelio Barros de Almeida, é fundamental para a segurança do navio e da tripulação. Representando diretamente o Comandante nas manobras do navio, o Oficial de Quarto exerce uma função de grande responsabilidade e complexidade, especialmente em um ambiente tão inóspito quanto o Antártico. As habilidades e o conhecimento específicos requeridos para essa função são um testemunho da capacitação e preparo dos oficiais da MB, agora acessíveis sem distinção de gênero.
Desafios e recompensas de uma missão nobre
A Capitão-Tenente Sabrina, além de suas responsabilidades como Oficial de Quarto, desempenha funções cruciais relacionadas à intendência, garantindo o abastecimento, municiamento e conforto da tripulação. A distância dos familiares e os desafios impostos pela duração e condições da missão intensificam a experiência, mas, como ela mesma destaca, a sensação de contribuir para uma causa tão significativa como o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) traz uma satisfação imensa.
Navegando entre icebergs: A experiência antártica
A navegação antártica, realizada entre icebergs, canais restritos e pelo temido Estreito de Drake, é uma tarefa complexa que exige não apenas competência técnica, mas também uma grande capacidade de adaptação e observação. Os oficiais da MB, agora incluindo mulheres como a Capitão-Tenente Sabrina, estão à altura deste desafio, reforçando o compromisso do Brasil com a pesquisa científica e a presença estratégica na Antártica.