Os alunos egressos do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em parceria com um pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e um professor da Academia de Defesa Holandesa, publicaram um artigo científico significativo intitulado “A Novel Bias-TSP Algorithm for Maritime Patrol”. Publicado na prestigiosa revista americana IEEE Access, o estudo foca na utilização de Inteligência Artificial (IA) para monitorar e prevenir a pesca ilegal no litoral brasileiro.

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Objetivos e Impacto da Pesquisa

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Este trabalho científico é um avanço do artigo anterior “Time-Critical Maritime UAV Mission Planning Using a Neural Network: An Operational View“, que usa IA para classificar embarcações durante a atividade de defesa. O novo estudo tem como objetivo desenvolver uma inteligência computacional que planeje e execute autonomamente missões de busca a embarcações pesqueiras que estejam realizando pesca ilícita. O algoritmo desenvolvido nesta pesquisa também pode contribuir para as Ações de Patrulha Marítima e de Reconhecimento Aeroespacial da Força Aérea Brasileira (FAB).

Benefícios da Busca Marítima com Drones

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A pesquisa de doutorado, conduzida pelo Tenente-Coronel Lima Filho e orientada pelo Professor Doutor Angelo Passaro, explora as vantagens da busca marítima por drones. Os drones, ao serem equipados com IA, podem cobrir grandes áreas de forma rápida e eficaz, realizando o monitoramento otimizado de uma ampla extensão do oceano. Equipados com câmeras de alta resolução e tecnologias avançadas de imagem, os drones podem capturar evidências detalhadas, incluindo o registro visual das práticas de pesca ilegal, sem a necessidade de proximidade. Além disso, fornecem transmissão de dados em tempo real, permitindo que as autoridades atuem rapidamente e distribuam recursos de fiscalização estrategicamente.

Aplicações Futuras e Proteção de Tecnologias

O Coordenador do PPGAO, Coronel Aviador Sérgio Rebouças, destacou que o trabalho acadêmico é um exemplo de tecnologia desenvolvida no ITA com aplicação direta na área operacional e na indústria. O próximo desafio é proteger formalmente estas tecnologias junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), por meio da Coordenadoria de Gestão da Inovação (CGI), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Com isso, a tecnologia desenvolvida pode ser integrada ao portfólio de ativos de inovação do ITA e da FAB, podendo ser ofertada na Vitrine de Inovação, além de viabilizar a transferência da tecnologia com foco em impulsionar a Base Industrial de Defesa (BID).

Acesse o artigo, na íntegra, pelo site da revista científica.

Fotos: Reprodução / IEEE ACCESS