A paz é um permanente anseio da humanidade. Por vezes, as sociedades enfrentam desafios e são levadas a superar conflitos. Nesse processo, a cooperação entre os países tem sido fundamental para as nações alcançarem a paz e a liberdade para seus povos.
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Em 29 de maio de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) autorizou um destacamento de observadores militares para supervisionar a trégua entre Israel e seus vizinhos no Oriente Médio, dando início às operações de paz sob a égide daquele organismo internacional.
Em referência a esse feito, hoje celebramos o Dia Internacional dos Mantenedores da Paz, os Peacekeepers, na denominação em inglês, e prestamos a nossa homenagem àqueles que tornam possível o sucesso das missões de paz, levando o socorro humanitário e a proteção às pessoas atingidas por conflitos.
Entre várias missões, o Brasil participou da primeira Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF I), por dez anos, com o Batalhão Suez; durante treze anos, comandou o componente militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), participando dessa missão com mais de 37 mil capacetes azuis da Marinha, do Exército, da Força Aérea e das Forças Auxiliares; e, desde 2013, um Oficial-General brasileiro comanda a força militar da Missão da Organização das Nações Unidas para a Estabilização da República Democrática do Congo (MONUSCO), que também conta com um grupamento brasileiro de instrutores em operações de Guerra na Selva.
Em 2021, após cerca de dez anos, foi encerrada a exitosa participação brasileira no comando da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL), contribuindo para a garantia da paz e da segurança na costa libanesa.
Atualmente, o Brasil destaca-se pela prontidão para o emprego em missões de paz. Essa capacidade é materializada pela disponibilidade de recursos humanos e materiais das Forças Armadas certificados pela ONU, assim como pela excelência do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) e do Centro de Operações de Paz de Caráter Naval (COpPazNav).
Diante disso, o Brasil está apto a enviar contingentes militares para missões de paz, contribuindo para a projeção do País no cenário internacional.
Ao tempo em que, pela décima primeira vez, ocupamos um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas, no biênio 2022-2023, reafirmamos a nossa contribuição histórica para a paz mundial, respaldada por uma política externa pautada na prevenção e na solução pacífica de conflitos e focada no diálogo e na cooperação. Portanto, torna-se mais que justo o pleito do Brasil a um assento permanente naquele Conselho.
Em mais de sete décadas de missões de paz, muitos levaram seu esforço ao sacrifício máximo da própria vida, aos quais prestamos o justo reconhecimento e a eterna gratidão.
No seu dia, parabenizamos os Peacekeepers de todo o mundo, de ontem e de hoje, verdadeiros mantenedores da paz, e reconhecemos o seu trabalho, o entusiasmo, a competência, a dedicação e o sacrifício no imprescindível auxílio para que os povos possam alcançar e desfrutar da paz que tanto almejam.
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Ministro de Estado da Defesa