A Major Gabriela Rocha Bernardes, oficial do Exército Brasileiro, está realizando um trabalho pioneiro na Missão Integrada das Nações Unidas de Assistência à Transição no Sudão (UNITAMS). Desde junho de 2022, ela atua como oficial de relatórios do Comitê Permanente de Cessar-fogo na região de Darfur, oeste sudanês. Sua função é monitorar e registrar os acordos e as negociações de cessar-fogo na região. A UNITAMS é uma missão política especial criada para auxiliar o país africano em seu atual período de instabilidade política.

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A Major Gabriela trabalha no Comitê de Cessar-fogo, sediado na cidade de El Fasher, norte de Darfur. O local é acessível apenas por transporte aéreo, fornecido pela própria ONU duas vezes na semana. Outros desafios são os requisitos de segurança devido à instabilidade ainda em curso e o fato de a região não possuir mais uma base militar, destruída e saqueada em dezembro do ano passado.

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O trabalho da Major Gabriela é inédito para militares do Brasil, sendo a primeira e única vaga ocupada pelo país na UNITAMS. Ela ressalta a importância de desenvolver um trabalho que ainda não havia sido executado por militares do Brasil e espera que outras vagas possam ser abertas. A Major Gabriela é a terceira militar a se apresentar como ‘staff officer’ no Quartel-General em El Fasher. A UNITAMS possui um efetivo pequeno, e apenas outros dez militares, de diferentes nacionalidades, deverão ser desdobrados nos cinco setores do Comitê espalhados pela região de Darfur para exercer suas funções por um ano.

A Major Gabriela ressalta que o ineditismo da atividade tem transformado a missão em um processo de descoberta. Ela destaca que essa não é uma missão de paz como as que estamos acostumados a trabalhar e que é um país muçulmano no qual o Brasil atua, sob a égide da ONU, ainda mais sendo mulher, o que demanda uma maior adaptabilidade à cultura local. A oficial acredita que o trabalho será fundamental para agregar conhecimento, contribuindo para a formação e orientação de outros militares para desempenhar funções ainda pouco exercidas pelo Brasil, abrindo mais espaço para atuar dentro do Sistema da ONU.

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).