José Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Defesa apresentará uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que proíbe que militares que tiraram licença para disputar as eleições retornem à ativa. A nova proposta estabelecerá novas regras para os militares que desejam entrar na vida pública, exigindo que se desliguem definitivamente da carreira militar ou solicitem sua entrada na reserva (caso tenham prestado 35 anos de serviço).

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O objetivo da proposta é combater o “proselitismo político” nos quartéis militares e evitar que militares derrotados tornem-se lideranças políticas quando retornam às suas funções. Esse tipo de comportamento se tornou mais comum nos últimos anos com medidas do ex-presidente Jair Bolsonaro para estimular o engajamento político dos militares.

A proposta foi bem recebida pelos comandantes das Forças Armadas e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A PEC pode ser uma importante medida para garantir a neutralidade política dos militares e preservar a sua imagem de instituição apartidária.

No entanto, é importante ressaltar que a medida não deve impedir a participação dos militares na vida pública. É fundamental que os militares possam exercer sua cidadania e participar do processo político, desde que fora da ativa e sem utilizar sua posição na instituição para fins políticos.

A segurança e defesa do país são responsabilidades fundamentais das Forças Armadas. Por isso, é importante que a instituição seja vista pela sociedade como um pilar de estabilidade e segurança, e não como uma ferramenta política. A PEC apresentada pelo Ministério da Defesa pode ser um passo importante para preservar essa imagem e garantir a neutralidade política da instituição.