Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

A Marinha do Brasil expulsou um navio alemão que estava realizando pesquisas irregulares em águas brasileiras. Segundo informações das próprias Forças Armadas, a área em questão é rica em recursos minerais como cobalto, níquel, platina, manganês e terras-raras. Embora o episódio tenha ocorrido em abril, foi apenas recentemente que o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, abordou o incidente durante uma comissão na Câmara, classificando-o como um exemplo de ameaça.

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Protocolo de Pesquisa em Águas Brasileiras

“Um navio pode realizar pesquisas em águas jurisdicionais brasileiras, desde que siga o protocolo apropriado e seja autorizado. No caso deste navio em particular, essas regras não foram observadas”, disse Olsen durante a audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional na Câmara dos Deputados.

Oposição à Afirmativa de Ausência de Ameaças

Durante a comissão, Olsen refutou declarações do deputado Ricardo Salles (PL), que afirmou que o Brasil não enfrentava “ameaças” em suas fronteiras.

Descoberta e Ação

As Forças Armadas brasileiras foram alertadas sobre a embarcação devido ao seu “comportamento anômalo”. Olsen informou que o navio inicialmente atracou em Montevidéu, no Uruguai. O comandante então ordenou o envio de uma fragata para a Elevação do Rio Grande, onde o barco estava ancorado no dia 6 de abril. A área, próxima à costa de Santa Catarina, é objeto de debates internacionais quanto à sua jurisdição. No entanto, o Brasil considera a região dentro de sua área de influência.

Após a confirmação de que o navio estava realizando pesquisas no subsolo marinho, a tripulação alemã foi instruída a suspender a expedição e deixar o Brasil. O navio era de propriedade privada e não pertencia à Marinha alemã.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).