A Marinha do Brasil expulsou um navio alemão que estava realizando pesquisas irregulares em águas brasileiras. Segundo informações das próprias Forças Armadas, a área em questão é rica em recursos minerais como cobalto, níquel, platina, manganês e terras-raras. Embora o episódio tenha ocorrido em abril, foi apenas recentemente que o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, abordou o incidente durante uma comissão na Câmara, classificando-o como um exemplo de ameaça.
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Protocolo de Pesquisa em Águas Brasileiras
“Um navio pode realizar pesquisas em águas jurisdicionais brasileiras, desde que siga o protocolo apropriado e seja autorizado. No caso deste navio em particular, essas regras não foram observadas”, disse Olsen durante a audiência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional na Câmara dos Deputados.
Oposição à Afirmativa de Ausência de Ameaças
Durante a comissão, Olsen refutou declarações do deputado Ricardo Salles (PL), que afirmou que o Brasil não enfrentava “ameaças” em suas fronteiras.
Descoberta e Ação
As Forças Armadas brasileiras foram alertadas sobre a embarcação devido ao seu “comportamento anômalo”. Olsen informou que o navio inicialmente atracou em Montevidéu, no Uruguai. O comandante então ordenou o envio de uma fragata para a Elevação do Rio Grande, onde o barco estava ancorado no dia 6 de abril. A área, próxima à costa de Santa Catarina, é objeto de debates internacionais quanto à sua jurisdição. No entanto, o Brasil considera a região dentro de sua área de influência.
Após a confirmação de que o navio estava realizando pesquisas no subsolo marinho, a tripulação alemã foi instruída a suspender a expedição e deixar o Brasil. O navio era de propriedade privada e não pertencia à Marinha alemã.