By Combined Maritime Forces Public Affairs

Em um desenvolvimento significativo para a segurança marítima global, a Marinha do Brasil assumiu o comando da força-tarefa de contrapirataria da Combined Maritime Forces (CMF), a Combined Task Force (CTF) 151, durante uma cerimônia de transferência de comando em Manama, Bahrein, no dia 23 de janeiro de 2024. Esta transição marca um marco importante no papel do Brasil na cooperação e segurança marítima internacional.

Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.

Da Liderança Filipina para a Brasileira

O comando da CTF 151 foi transferido do Capitão da Marinha das Filipinas, Mateo Carido, para o Contra-Almirante da Marinha do Brasil, Antonio Braz de Souza. Durante seu mandato, o Capitão Carido envolveu-se com parceiros-chave de várias nações, incluindo Seychelles, Djibouti e Dubai, para fortalecer os laços e expandir o alcance da CMF. Esses esforços foram fundamentais para reforçar a parceria naval multinacional e aprimorar a cooperação de segurança.

Experiência e Visão do Contra-Almirante Braz de Souza

O Contra-Almirante Antonio Braz de Souza, novo Comandante da CTF 151, traz uma rica experiência para o papel. Anteriormente atuando como Chefe de Gabinete do Comando em Chefe da Frota, ele participou de inúmeras missões pelo Oceano Atlântico Sul, incluindo o resgate de sobreviventes do acidente do voo Air France 447 em 2009. Sua liderança em missões de pesquisa oceanográfica e como principal assessor do programa de desenvolvimento de submarinos influenciou significativamente as capacidades de defesa submarina do Brasil.

Compromisso do Brasil com a Segurança Marítima

Ao assumir o comando da CTF 151, o Brasil, o primeiro país da América do Sul a desempenhar um papel proeminente nesta parceria naval multinacional, reafirma seu compromisso com a comunidade marítima e as Combined Maritime Forces. Braz de Souza enfatizou que esse compromisso visa aprimorar a segurança e a estabilidade gerais, contribuindo para o bem-estar coletivo das águas internacionais.

Papel da CTF 151 e Missão Global da CMF

Estabelecida em janeiro de 2009, a CTF 151 é uma das cinco forças-tarefa operacionais sob a CMF. Trabalhando em conjunto com a Força Naval da União Europeia (EUNAVFOR), a CTF 151 ajuda a patrulhar o Corredor de Trânsito Recomendado Internacionalmente. A CMF, sediada no Bahrein e a maior parceria naval multinacional do mundo, inclui 40 nações comprometidas em defender a ordem internacional baseada em regras no mar. Ela abrange aproximadamente 3,2 milhões de milhas quadradas de águas internacionais, englobando algumas das rotas de navegação mais importantes do mundo.

Diversas Responsabilidades das Forças-Tarefa da CMF

Além da CTF 151, as outras forças-tarefa da CMF incluem a CTF 150, focada em operações de segurança marítima fora do Golfo Árabe; CTF 152, dedicada à segurança no Golfo Árabe; CTF 153, garantindo segurança no Mar Vermelho; e CTF 154, que oferece treinamento marítimo.

Com informações do Combined Maritime Forces (CMF)

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).