A Marinha do Brasil (MB) está dando um passo importante para aprimorar sua capacidade de defesa nas águas estratégicas do país. O exercício MINEX-23, que aconteceu na Baía de Todos-os-Santos, foi concluído com êxito após uma semana de operações. Este artigo vai explorar como a MB está se preparando para lidar com a ameaça representada por minas navais, incluindo o uso pioneiro de embarcações não tripuladas para contramedidas de minagem.

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Minas Navais: Uma Ameaça Oculta

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“Minagem”: Tripulantes da Coveta “Caboclo” executam o lançamento de minas de exercício

Minas navais são um tipo de armamento naval que representa uma ameaça significativa, especialmente em áreas estratégicas como portos e rotas de navegação movimentadas. Esses artefatos de guerra são eficazes em impedir ou dificultar a movimentação de embarcações inimigas. O Brasil, dependente do tráfego marítimo, reconhece a importância de estar preparado para lidar com essa ameaça.

O Exercício MINEX-23: Uma Realização de Sucesso

Navio-Patrulha Oceânico “Apa” opera como navio-mãe do VSNT-Lab

O exercício MINEX-23 foi um projeto que envolveu dez meses de planejamento e uma semana de atividades operativas nas águas da Baía de Todos-os-Santos. O destaque desta edição foi o teste de embarcações não tripuladas, indicando a incorporação de novas técnicas de contramedidas de minagem pela MB. Este exercício foi dividido em várias etapas para garantir o melhor aproveitamento das ações.

Uso de Embarcações Não Tripuladas: Uma Novidade Promissora

VSNT “SUPPRESSOR X” da EMGEPRON/Tidewise

Uma das novidades deste exercício foi o uso de embarcações não tripuladas em contramedidas de minagem. Isso sinaliza o compromisso da MB em adotar tecnologias avançadas para garantir a segurança nas águas brasileiras. Essas embarcações foram testadas operacionalmente, marcando um avanço significativo na capacidade de defesa marítima do Brasil.

Resultados Promissores e Evolução na Guerra de Minas

A bordo do NPaOc “Apa”, equipe de coordenação do exercício acompanha a operação do VSNT-Lab

O exercício MINEX-23 contou com a participação de diversas Organizações Militares da Marinha, que atuaram como executores ou observadores do exercício. O Vice-Almirante Antonio Carlos Cambra, Comandante do 2º Distrito Naval, destacou a complexidade do exercício e a importância de tais treinamentos para a evolução na guerra de minas e contramedidas de minagem. Este exercício marcou a primeira vez em que sistemas marítimos não tripulados foram usados de forma inédita na América do Sul, reforçando a posição da MB como uma força naval moderna e preparada.

Este exercício demonstra o compromisso da Marinha do Brasil em garantir a segurança e a defesa das águas territoriais brasileiras. Com a incorporação de tecnologias avançadas e o treinamento constante de suas unidades, a MB está preparada para enfrentar desafios e ameaças, mantendo a soberania do país sobre suas águas estratégicas.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).