Lula Marques/Agência Brasil

Desde a infância, Renato Almeida Resende se via encantado pelo céu e pelos aviões que cortavam as nuvens. Inspirado pelo legado de seu avô, um militar do exército, e pelas acrobacias da Esquadrilha da Fumaça em sua cidade natal, Juiz de Fora (MG), Renato alimentou o sonho de uma carreira que o preenchesse de felicidade e orgulho. Agora, aos 19 anos, esse sonho começa a se concretizar. Como cadete do primeiro ano da Academia da Força Aérea (AFA), Renato se destacou durante o desfile de 7 de setembro em Brasília, carregando com honra e entusiasmo a flâmula de sua academia.

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A Jornada de um Cadete

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Cadete Renato Almeida Resende, da FAB, desfilou em Brasília e levou a bandeira de sua tropa – Lula Marques/ Agência Brasil

A decisão de seguir a carreira militar veio cedo para Renato. Aos 14 anos, ele se dedicou intensamente aos estudos para ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena, MG. Desde então, sua vida tem sido marcada por desafios e sacrifícios, uma rotina que começa antes das 6h e termina após as 23h. Mas, para Renato, cada dificuldade enfrentada é uma oportunidade de crescimento e fortalecimento dos valores que carrega: “coragem, lealdade, honra, dever e pátria”.

Formação e Fraternidade

Na academia, localizada em Pirassununga, SP, Renato e seus colegas são submetidos a uma série de atividades que vão além do treinamento físico e militar. Acampamentos, saltos de paraquedas e palestras sobre cidadania e direitos humanos fazem parte da formação integral que a AFA proporciona. Renato acredita que as amizades construídas durante esse período são tão sólidas quanto os laços familiares, uma rede de apoio que ajuda a amenizar a saudade de casa.

Visões Externas e Reflexões

Enquanto os militares defendem a formação atual, há quem argumente sobre a necessidade de revisão dos currículos militares. Especialistas e pesquisadores, como o historiador Daniel Aarão Reis e o professor Heraldo Makrakis, apontam para a necessidade de uma reformulação que contemple uma visão mais atualizada e democrática do papel das Forças Armadas no Estado brasileiro. Eles defendem uma abordagem que vá além da cultura da guerra fria e que promova uma integração mais harmônica com a sociedade civil.

Sacrifício e Fraternidade

Para Renato, o sacrifício pessoal é uma constante na carreira militar. A saudade de casa é um preço a ser pago em busca de um objetivo maior. O historiador e militar da reserva, Ricardo Cabral, corrobora essa visão, destacando a fraternidade que nasce das adversidades enfrentadas em conjunto pelos membros da tropa.

Adaptação e Liderança

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Capitão Rafael de Almeida Leitão comanda a tropa de cadetes do primeiro ano – Lula Marques/ Agência Brasil

O capitão Rafael de Almeida Leitão, comandante da tropa de cadetes da FAB, relembra sua própria jornada de adaptação e crescimento dentro da instituição. Ele enfatiza a importância dos valores militares na formação de jovens cidadãos responsáveis e comprometidos com o país. A formação, segundo ele, promove um diálogo aberto e a construção de um senso crítico apurado, preparando os jovens para lideranças futuras.

Novos Horizontes e Desafios

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A aspirante Jérsica da Silva Gonçalves – Lula Marques/ Agência Brasil

A aspirante Jérsica da Silva e a tenente Vanda Maria Ferreira Neta representam a força e a determinação das mulheres nas Forças Armadas. Ambas destacam a importância da hierarquia e da disciplina, bem como a valorização dos direitos humanos e da cidadania dentro da instituição.

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Vanda Maria Ferreira Neta, Tenente do Exército – Lula Marques/ Agência Brasil

Compromisso e Exigência

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Maria Eduarda Souza Nunes, estudante do Colégio Militar de Brasília- Lula Marques/ Agência Brasil

Os estudantes de colégios militares, como Maria Eduarda Souza Nunes e Alícia Costa, também compartilham de um sonho comum: servir ao país e contribuir para um Brasil melhor. Eles veem na carreira militar uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional, marcada por valores sólidos e uma rotina de compromisso e exigência.

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Alícia Costa se espelha no pai militar – Lula Marques/ Agência Brasil

Um Caminho de Honra e Dedicação

A jornada de Renato e de tantos outros jovens nas Forças Armadas é marcada por desafios, sacrifícios e uma incessante busca por crescimento e aperfeiçoamento. Em um momento histórico em que a sociedade brasileira reflete sobre o papel dos militares, esses jovens representam a esperança de um futuro onde a honra, a dedicação e o compromisso com a pátria sejam os pilares de uma nação mais justa e igualitária.

Com informações da Agência Brasil