No mundo da defesa e segurança pública, a inovação e adaptação às novas realidades são constantes. Dentro deste contexto, os jogos de guerra emergem como uma ferramenta vital para o desenvolvimento estratégico e operacional das Forças Armadas, especialmente na Marinha do Brasil. A palestra ministrada pelo Comandante Tito para a Georgetown University explorou a importância dos jogos de guerra, abordando desde seu contexto histórico até suas aplicações atuais e os desafios futuros.

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A JORNADA HISTÓRICA DOS JOGOS DE GUERRA NA MARINHA

A prática dos jogos de guerra na Marinha do Brasil possui um rico histórico, datando do início do século XX. Inspirados inicialmente pelo modelo adotado pela Marinha dos Estados Unidos, esses exercícios se consolidaram como componentes essenciais na formulação de estratégias e treinamento naval. A evolução dos jogos de guerra reflete o compromisso da Marinha com a inovação e a excelência operacional, adaptando-se continuamente às mudanças tecnológicas e aos cenários geopolíticos globais.

METODOLOGIAS E PRÁTICAS ATUAIS

No cerne dos jogos de guerra modernos está a simulação de cenários complexos, que permitem aos estrategistas navais testar táticas, estratégias e tomar decisões em ambientes controlados, porém, realísticos. A integração de tecnologias avançadas e sistemas de simulação tem enriquecido essas práticas, aumentando o realismo e a eficácia do treinamento. Os jogos de guerra atuais abrangem uma ampla gama de exercícios, desde simulações táticas até estratégicas, preparando a Marinha para enfrentar desafios contemporâneos com maior eficiência.

O PAPEL VITAL DOS JOGOS DE GUERRA

Os jogos de guerra desempenham um papel crucial na formulação de doutrinas estratégicas, no desenvolvimento de capacidades futuras e no planejamento de operações navais. Eles fornecem uma plataforma inestimável para a compreensão aprofundada das dinâmicas operacionais e estratégicas, facilitando a adaptação às mudanças no ambiente de segurança global. Além disso, contribuem significativamente para o desenvolvimento de lideranças capacitadas a tomar decisões informadas em cenários de alta pressão.

DESAFIOS E DIREÇÕES FUTURAS

Apesar de sua importância indiscutível, os jogos de guerra enfrentam desafios, incluindo limitações de recursos e a necessidade de constante atualização frente a ameaças emergentes e avanços tecnológicos. A Marinha do Brasil reconhece esses desafios e está comprometida com a evolução contínua de suas práticas dos métodos de jogos de guerra. A cooperação internacional e o intercâmbio de conhecimentos surgem como elementos-chave para o aprimoramento contínuo dessas simulações estratégicas.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).