Em meio aos exercícios da Operação Paraná III, os militares do 1° Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (1° BDQBRN) trouxeram uma novidade: o uso do detector químico de área Falcon 4G. Este equipamento, originário da Eslováquia, representa um salto tecnológico na defesa química. Ele é capaz de analisar partículas minúsculas, menores que o ar atmosférico, em um raio de até cinco quilômetros, utilizando raios laser. Além disso, o Falcon 4G combina dados meteorológicos para prever o deslocamento de nuvens tóxicas, garantindo uma resposta mais eficaz em situações de emergência.

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Um Equipamento Reconhecido Mundialmente

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O Comandante do 1° BDQBRN, Coronel Andeson Wallace, destaca a importância do Falcon 4G, referindo-se a ele como o “estado da arte” em defesa química. Este equipamento é utilizado pelos principais exércitos do mundo, incluindo países membros da OTAN. Sua principal função é identificar produtos tóxicos em terrenos durante exercícios de ajuda humanitária, como os realizados na Operação Paraná. O Terceiro-Sargento Castro reforça a relevância do detector, explicando que ele permite identificar ameaças sem que a tropa tenha contato direto com materiais tóxicos, garantindo a segurança dos militares e da população.

Resposta Rápida em Situações de Emergência

Durante a Operação Paraná III, uma das simulações envolveu a contaminação da população por produtos tóxicos após um incêndio em um galpão industrial. Em resposta a essa situação, o 1° BDQBRN montou uma cabine de descontaminação. Esta estrutura inflável, que pode ser montada rapidamente, é essencial para descontaminar um grande número de vítimas em pouco tempo. A cabine é versátil, permitindo o atendimento a pessoas feridas e com dificuldade de locomoção. Durante a pandemia de Covid-19, essa estrutura foi utilizada para descontaminar profissionais de saúde que tiveram contato com materiais infectados.

Laboratório Móvel: Análise Precisa no Local

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Outra inovação apresentada foi o laboratório móvel de análises de amostra. Equipado com tecnologia nacional, este laboratório é capaz de identificar contaminações ambientais por agentes químicos e biológicos. O Tenente Uyaran Magalhães relembra que o laboratório foi utilizado durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, analisando amostras coletadas na Vila Olímpica. O 1° BDQBRN, sediado no Rio de Janeiro, é uma unidade especializada, pronta para atuar em situações de ataques com armas não convencionais e apoiar operações em todo o Brasil.

Marcelo Barros, com informações do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).