Vídeo do resgate do pescador Deivid Luiz Monteiro Ferreira pelo UH-15 Super Cougar da Marinha - Imagem: Instagram da Marinha

Em meio às águas tumultuosas e imprevisíveis, a Marinha do Brasil (MB) emergiu como uma âncora de esperança e salvação. No ano de 2023, a Força Naval brasileira se destacou pelo salvamento de mais de 700 vidas em acidentes fluviais e marítimos, uma façanha que ressalta não só a eficácia operacional, mas também o profundo compromisso com a segurança humana. Este relato começa com a experiência angustiante do pescador Deivid Luiz Monteiro Ferreira, um sobrevivente do naufrágio do barco “Safadi Seif” em Santa Catarina.

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Busca e Salvamento da Marinha foi acionado em quase um incidente por dia

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Vídeo do resgate do pescador Deivid Luiz Monteiro Ferreira pelo UH-15 Super Cougar da Marinha – Imagem: Instagram da Marinha

O resgate de Deivid, que sobreviveu agarrado a uma boia por 48 horas, é apenas um exemplo da operacionalidade intensa da Marinha em 2023. O Serviço de Busca e Salvamento da MB, sob supervisão do Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul (COMPAAz), foi acionado em quase um incidente por dia, demonstrando a constante prontidão e eficiência das equipes envolvidas. O emprego de navios-patrulha e helicópteros, como o UH-15 Super Cougar, essenciais no resgate de Deivid, ilustra a versatilidade e capacidade técnica da frota brasileira.

Os bastidores dos salvamentos

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Operadores do Serviço de Busca e Salvamento monitoram os dados de navegação no Console-SAR – Imagem: Capitão de Fragata Gustavo Lemos/Arquivo Pessoal

A complexidade dessas operações de salvamento reside não apenas na execução, mas também na meticulosa preparação e coordenação. A Marinha, através do COMPAAz, opera uma infraestrutura robusta de coleta e compartilhamento de informações, crucial para a localização rápida de vítimas e embarcações. O uso de tecnologias avançadas, como o Sistema de Planejamento de Apoio à Decisão SAR (SPAD-SAR), reflete um avanço significativo na precisão e eficácia das operações de busca e salvamento.

“Não há desculpa para a perda de uma vida por falta de preparo”

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Na série “Isso é Marinha”, o Primeiro-Sargento Lansillote explica a importância do preparo físico dos mergulhadores – Imagem: Instagram da Marinha

Um aspecto fundamental para o sucesso destas missões é o alto nível de treinamento dos mergulhadores e pessoal envolvido. A exigência de preparo físico, técnico e psicológico, como destacado pelo Primeiro-Sargento João Marcello Sarzedas Lansillote do Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché (CIAMA), é um testemunho do rigor e dedicação impostos aos membros da Marinha, garantindo que cada vida em perigo no mar receba a melhor chance possível de resgate.

SOS no mar

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Famoso caso do resgate na Ilha das Flechas (PA), em 2022. Caso disponham celular, os tripulantes, agora, podem pedir socorro pelo aplicativo NAVSEG – Imagem: Marinha do Brasil

O canal de comunicação primário para incidentes SAR é o telefone 185, demonstrando a importância de uma linha de socorro acessível e eficiente. A história do “Safadi Seif” sublinha a necessidade de uma resposta rápida e coordenada em situações de emergência marítima, com a Marinha atuando tanto de forma independente quanto em cooperação com outras forças e autoridades.

Cada um faz a sua parte

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A prevenção ainda é o melhor remédio. Medidas simples de segurança adotadas por tripulações podem ser decisivas. A adoção de tecnologias como o aplicativo NAVSEG, desenvolvido pela Marinha em parceria com o Ministério do Turismo, é um exemplo de como a inovação está sendo utilizada para aprimorar a segurança marítima. Tais iniciativas, aliadas ao profissionalismo e dedicação da Marinha, reforçam o compromisso do Brasil com a proteção de suas águas e de seus cidadãos.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).