A Taurus começou o exercício de 2022 com lucro líquido de R$ 195 milhões no primeiro trimestre. O montante já supera a totalidade do lucro líquido distribuído na forma de dividendos referente ao resultado de 2021, que foi de 194,3 milhões, equivalente a R$ 1,62 por ação.

Na data da divulgação da proposta da administração para o pagamento dos dividendos de 100% do lucro líquido ajustado de 2021, o dividend yield da ação preferencial (TASA4) era de 6,9%, uma rentabilidade considerável, especialmente levando em conta toda a transformação pela qual a Companhia passou nos anos recentes. Agora, com a estrutura da empresa plenamente ajustada e a consolidação dos bons indicadores operacionais e financeiros, a Taurus tem o objetivo de seguir remunerando os acionistas.

Os bons números do resultado do 1º trimestre de 2022 se deve à estabilidade, eficiência e solidez operacional. A Companhia fez margem bruta de 49,4% no trimestre, patamar bem acima da média das empresas mundiais do setor, e margem Ebitda de 35,8%, com ganho de rentabilidade em relação ao registrado no mesmo trimestre de 2021.

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O mercado de armas nos Estados Unidos está mudando em relação ao que foi visto nos últimos dois anos, quando a demanda atingiu patamares nunca vistos no maior mercado mundial e, portanto, também o principal mercado para os produtos Taurus. Os indicadores da demanda nos EUA apontam para um arrefecimento, ainda que mantendo patamar superior ao observado nos anos anteriores ao grande “boom” vivido em 2020. Assim, depois da demanda sem precedentes em 2020 e ainda bastante forte em 2021, o mercado em 2022 se mostra estável e mais competitivo, com os distribuidores formando estoques de produtos.

Vale lembrar que o mercado de armas é sazonal. Essa sazonalidade será percebida em 2022, depois de não ter ocorrido nos últimos dois anos pela forte demanda. Os meses de junho a agosto, com as férias de verão no hemisfério norte, tendem a experimentar demanda mais retraída. A Taurus considera esse aspecto em seu planejamento para o ano, com estratégias estabelecidas no sentido de mitigar seus efeitos. A partir das mudanças estruturais realizadas nos últimos anos, a Companhia tem hoje processos eficientes, baixos custos, controle de despesas e robusta estrutura operacional.

“Estávamos prontos e soubemos aproveitar as oportunidades no momento da forte expansão do mercado e estamos também preparados para uma conjuntura de mercado diferente. Seguimos focados nas oportunidades e nos riscos, com a gestão recebendo continuamente informações das áreas dedicadas à inteligência de mercado e acompanhamento de riscos, e com nossas estratégias de atuação definidas para os diferentes momentos de mercado”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

A empresa está focada em manter o forte desempenho operacional e, de modo a se adequar ao perfil de mercado atual, voltada para ampliar a produção de revólveres. A Taurus já é a maior vendedora de armas curtas do mundo, considerando as tradicionais empresas americanas, detendo a liderança absoluta do mercado e, adicionalmente, tem o menor custo de produção do mundo no segmento, resultado do projeto que vem sendo desenvolvido de excelência em revólveres.

“Continuamos atuando no sentido de ampliar a rentabilidade e o diferencial desses produtos. O revólver é considerado um produto clássico e, diferente do segmento de pistolas, cuja demanda aumentou muito nos últimos dois anos e agora começa a recuar, conta com um mercado mais estável. Nossa planta industrial pode variar o mix de produtos, porém com menor flexibilidade na produção de revólveres do que em pistolas, que foi o foco nos últimos dois anos. Como já estávamos nos preparando para a mudança do mercado, estamos com o foco mais voltado para os revólveres agora e investimos na aquisição de maquinários de última geração para essa linha de produção, que deverão ser entregues durante o ano”, explica Salesio Nuhs.

Além disso, a Taurus segue com a estratégia de lançamentos de produtos em segmentos nos quais ainda não está presente e, portanto, sem concorrer com os produtos atuais, com diversificação e ampliação do valor agregado do mix de produtos. Nesse sentido, está lançando alguns novos calibres de armas táticas, como o fuzil T4 300 MLOK, apresentado ao mercado no final de abril.

Nesse primeiro trimestre de 2022, a empresa manteve suas margens e os preços de venda de seus produtos, ampliou seu estoque estratégico e atingiu suas metas de vendas. Depois de trimestres consecutivos com vendas superiores à produção, foi reforçado o investimento em ações de marketing nos EUA, como parte da estratégia para 2022. Para coordenar essas atividades, foi contratado um novo vice-presidente de vendas e um novo diretor de marketing na unidade norte-americana.

A produção total da Taurus no 1º trimestre de 2022, considerando as operações industriais do Brasil e dos EUA, atingiu a média de 9 mil armas por dia, volume 15,4% superior ao registro no mesmo período do ano de 2021, quando atingiu à média de 7,8 mil unidades/dia. O volume total produzido, de 574 mil unidades, superou em 16,8% o alcançado no 1º trimestre de 2021.

A pauta ESG (sigla em inglês para “ambiental, social e governança corporativa”) está dentre as prioridades da agenda da Companhia. No ano passado, por uma decisão do CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, foram iniciadas conversas com diversas consultorias sobre o tema ESG e escolhida como parceira a EY, com a qual a empresa se identificou levando em conta sua metodologia e credibilidade. Esse processo vem sendo conduzido diretamente sob supervisão do CEO Global da Taurus. No momento, a Companhia está na fase das entrevistas com a alta direção, gerentes e colaboradores envolvidos diretamente nos processos, bem como, a análise de empresas que têm relação com a Taurus.

“O projeto ESG vem agregar novas ideias e compartilhar as ações que essa direção já vem adotando ao longo de sua administração para sustentar os interesses de longo prazo dos investidores, alinhado aos interesses dos colaboradores, fornecedores, comunidade e meio ambiente”, informa Salesio Nuhs.

Com relação a joint venture na Índia, a Companhia está no momento fazendo a seleção dos melhores fornecedores locais. A partir de extensa pesquisa de mercado, que inclui o levantamento de cotação em diferentes fornecedores, estão em busca de parceiros confiáveis, com qualidade, preços e prazos adequados para a fábrica local. Um grupo de engenheiros da Taurus também foi ao país para realizar treinamento de pessoal local, preparando a unidade para receber as peças a serem enviadas do Brasil.

A Taurus manteve bom desempenho operacional, se firmou como forte geradora de caixa, resolveu a questão do endividamento, tendo encerrado o 1º trimestre de 2022 com o índice dívida líquida/Ebitda de 0,2x e disponibilidade de caixa de R$ 337,1 milhões, realizou o pagamento de dividendos a seus acionistas em 29 de abril deste ano e tem sua estratégia de atuação definida, com foco em se beneficiar das oportunidades e mitigar os riscos.

A inovação e o P&D, liderados pelo CITE – Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil Estados Unidos, são aspectos chave que permitem criar diferenciais e ampliar a competitividade dos produtos Taurus. A empresa segue confiante de que as conquistas continuarão, com o apoio de seu Conselho de Administração, de seus parceiros, clientes, colaborados e acionistas.

“Estamos esperando em 2022 um ano diferente dos últimos dois, mais desafiador, porém com bons resultados na Taurus, que está preparada para o reposicionamento do mercado”, diz o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs.