Mapa político do Brasil com a inclusão da Amazônia Azul, à direita (em azul). Imagem: Marinha do Brasil/IBGE

O Brasil, em um movimento estratégico e científico, alcançou um marco histórico ao expandir seu território marítimo em aproximadamente 5,7 milhões de km², graças ao Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (LEPLAC). Este programa, celebrando seu 34º aniversário, foi o catalisador para a inclusão da “Amazônia Azul” no mapa nacional, alterando a percepção geográfica do país.

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Amazônia Azul: Um Novo Conceito Geográfico

A Amazônia Azul, uma extensão marítima comparável à grandiosidade da Floresta Amazônica, compreende o Mar Territorial, a Zona Econômica Exclusiva e a Plataforma Continental estendida. Este conceito, além de enfatizar a riqueza natural do Brasil, ressalta sua importância estratégica e econômica, principalmente considerando que 95% do petróleo nacional e do comércio exterior transitam por essas águas.

Bandeirantes Modernos: Os Arquitetos da Amazônia Azul

Os profissionais envolvidos no LEPLAC, apelidados de “bandeirantes das longitudes salgadas”, são uma equipe interdisciplinar de hidrógrafos, biólogos, oceanógrafos, e outros especialistas da Marinha do Brasil, Petrobras e da comunidade científica. Suas expedições, que podem durar até 30 dias, coletam dados cruciais do fundo do mar, contribuindo para a reivindicação territorial do Brasil conforme a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Navios e Tecnologia a Serviço da Ciência

Diversos navios, equipados com tecnologia avançada como ecobatímetros e equipamentos de levantamento sísmico, são essenciais no processo de coleta de dados. Estes navios, incluindo o notável “Vital de Oliveira”, percorreram distâncias que somam mais de 20 voltas ao redor da Terra, demonstrando o extenso trabalho realizado.

Impacto Global e Futuro da Amazônia Azul

O reconhecimento internacional da Amazônia Azul pela ONU reflete não apenas uma expansão territorial, mas também um avanço significativo na compreensão dos oceanos. Este esforço não apenas aumenta o território do Brasil de forma pacífica, mas também contribui para a pesquisa e conservação marinha global. Além disso, abre caminho para futuras descobertas em campos como a biogenética marinha, tendo implicações profundas para a sociedade brasileira.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).