Foto: Felipe Sugimoto

O último domingo (8) marcou o início de uma das mais ambiciosas missões brasileiras no continente antártico: a 42ª Operação Antártica. Sob a égide do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), dois navios, o “Ary Rongel” e o “Almirante Maximiano”, partiram da Base Naval da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, rumo ao extremo sul do planeta. A bordo, cerca de 150 pesquisadores estão prontos para desenvolver 23 projetos científicos, que vão desde estudos sobre a biodiversidade até análises atmosféricas que ajudam a compreender fenômenos climáticos que afetam o Brasil.

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A Importância da Pesquisa In Loco

A coordenadora-geral de Ciências para Oceano e Antártica do MCTI, Andréa Cancela da Cruz, destaca a singularidade da Antártica como um “laboratório natural” com mínima interferência humana. O Proantar não é apenas uma iniciativa de um governo específico, mas um programa de Estado que, há 42 anos, realiza pesquisas contínuas na região, independentemente das mudanças políticas. O MCTI, enquanto gestor científico do programa, não só apoia as pesquisas, mas também se dedica à divulgação dos resultados, sensibilizando a sociedade sobre a crucial importância da preservação da Antártica e dos ecossistemas globais.

Conquistas e o Futuro da Pesquisa Antártica

Ao longo das décadas, o Brasil tem sido protagonista em diversas pesquisas no continente gelado. Estudos sobre oceanografia, biodiversidade com potencial farmacêutico, e análises atmosféricas são apenas alguns exemplos do impacto positivo do Proantar. Leandro Pedron, diretor do Departamento de Programas Temáticos da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, reforça a importância da 42ª Operação Antártica para a pesquisa científica e a preservação ambiental. Além disso, há grandes expectativas para 2025, quando um novo Navio Polar será incorporado ao programa, fortalecendo ainda mais a presença e competência brasileira na região.

Compromisso Internacional

O Brasil não apenas realiza pesquisas na Antártica, mas também tem um papel ativo nas decisões sobre o futuro do continente, graças à sua condição de membro consultivo do Tratado da Antártica. Haynnee Trad Souza, encarregada da Divisão de Relações Internacionais do PROANTAR, destaca que o programa é essencial para que o Brasil mantenha essa posição influente e continue a cooperar com outros países na preservação e estudo desse ambiente único.

Com info do MCTI

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).