A Marinha do Brasil (MB) participou do Exercício de Controle Naval do Tráfego Marítimo (CNTM) COAMAS 2022. A simulação teve como proposta a qualificação dos órgãos que compõem o sistema, denominadas de Organizações de Controle Naval do Tráfego Marítimo (ORGACONTRAM).

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Participaram do exercício, integrantes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, países que compõem a Área Marítima do Atlântico Sul (AMAS). No contexto da Marinha do Brasil, são parte das ORGACONTRAM os Comandos do 1º (RJ), 3º (RN), 4º (PA) e 5º (RS) Distritos Navais e seus Centros de Comando Naval de Área, além das Capitanias, Delegacias e Agências, com seus Centros de Coordenação e Controle da Autoridade Marítima.

No âmbito da MB, a supervisão e a participação do exercício estiveram a cargo do Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul (COMPAAz), por meio do Centro de Operações Marítimas (CopMar). O Exercício COAMAS acontece anualmente, dirigido pelo Coordenador da Área Marítima do Atlântico Sul (CAMAS).

No contexto do controle da área marítima, a MB empenha-se na implantação e no aperfeiçoamento do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), a fim de monitorar e proteger, continuamente, as áreas marítimas de interesse e as águas interiores, seus recursos, portos, embarcações e infraestruturas, em face de ameaças, emergências, desastres ambientais, contribuindo para a segurança e defesa da Amazônia Azul e para o desenvolvimento nacional.

Atividades que integram o exercício
O cenário fictício desenvolvido para a execução do exercício, realizado entre 17 e 28 de outubro, permitiu o emprego da doutrina e das medidas de CNTM. Uma delas foi a criação de comboios costeiros e oceânicos, formados por grupos de navios navegando de forma organizada, medida defensiva que visa a dissuasão da ação de forças adversas contra o tráfego marítimo de interesse. Também foi simulada a evacuação de portos, a fim de salvar o maior número possível de navios em situações de grande ameaça à segurança dos navios mercantes. Outra situação fictícia refere-se à prevenção da poluição hídrica, consistindo nas providências iniciais tomadas pela MB para atender a incidentes ambientais marítimos de grandes proporções. E, também, foi treinado o reconhecimento e classificação de navios de interesse.

O treinamento faz parte do calendário de exercícios do CAMAS, coordenado atualmente pela Marinha Argentina, com o objetivo de disseminar a doutrina do CNTM e sua aplicação prática. Proporciona, ainda, um estreitamento de laços entre as Marinhas componentes da AMAS, corroborando para o desenvolvimento da Consciência Situacional Marítima, que pode ser definida como a efetiva compreensão das tendências e relações, que se desenvolvem temporalmente no ambiente marítimo, entre diversos atores, que podem impactar a defesa, a segurança, a economia e o entorno estratégico de um país, desde os tempos de paz, nesse importante espaço oceanopolítico.

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Militares do Comando do 5º Distrito Naval, em Rio Grande (RS), participaram do exercício – Imagem: 3ºSG-PD Lilian

Para o Assessor do CNTM, Capitão de Mar e Guerra Luiz Carlos Lemos Alves, é importante realizar exercícios como o COAMAS 2022: “Para que toda a estrutura que envolve o monitoramento do tráfego marítimo, não só na Amazônia Azul, mas em todo o Atlântico Sul, possa ser aprimorada, garantindo a boa ordem do mar e nossa soberania sobre as fontes de recursos que podem gerar riquezas e prosperidade para a sociedade brasileira. Treinando e provendo capacidade à Marinha do Brasil de coordenar esforços da Comunidade Marítima a fim de manter e aperfeiçoar os esforços cooperativos a serem tomados em situações de crises. O COAMAS 2022 torna-se importante ferramenta na consolidação do SisGAAz rumo ao cumprimento de sua missão de monitorar e proteger a Amazônia Azul”.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).