A Marinha do Brasil (MB) assumiu ontem (18) o Comando da Combined Task Force 151 (CTF-151), em cerimônia realizada em Manama, capital do Bahrein. A CTF-151 é uma força-tarefa multinacional que realiza operações para dissuadir, interromper e reprimir a pirataria na região do Chifre da África. O Contra-Almirante Nelson de Oliveira Leite recebeu a função do Comodoro Ahmed Hussein, da Marinha do Paquistão, e exercerá um mandato que se estenderá de agosto de 2022 a fevereiro de 2023.

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A CTF-151 é uma das quatro forças-tarefa subordinadas às Combined Maritime Forces (CMF), Força-Tarefa Multinacional formada pela coalizão de 34 países e organizada para promover o combate à pirataria, bem como a segurança e estabilidade em aproximadamente 3,2 milhões de milhas quadradas de águas internacionais, que abrangem algumas das rotas marítimas mais importantes do mundo, destacando-se o Mar da Arábia, Golfo de Omã, Golfo de Áden e o Mar Vermelho.

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Imagem: Marinha do Brasil/CB Schulze

A participação na CMF é feita de forma voluntária e cada país da coalizão decide de que forma pode contribuir com as operações, seja por meio de navios, aeronaves, ou pessoal qualificado para compor os Estados-Maiores das Forças-Tarefa Combinadas ou da própria CMF. O período de Comando das Forças-Tarefa varia de quatro a seis meses.

O Contra-Almirante Nelson Leite destaca que “ao aceitar mais um convite para comandar a CTF-151, a Marinha do Brasil reafirma seu compromisso com a comunidade marítima. Estou na expectativa pelo trabalho que minha equipe fará para continuar a promover e defender a segurança na região”.

Participação do Brasil na CTF-151
O Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, esteve na cerimônia de transmissão do cargo e afirmou que “a Marinha, ao assumir o Comando da CTF-151, reforça a posição do Brasil como ator capaz de contribuir para o esforço de manutenção e segurança das linhas de comunicação marítimas, participando de uma coalizão internacional de combate à pirataria, respeitando os limites de atuação do Estado brasileiro. Além disso, trata-se de uma oportunidade ímpar para sedimentar conhecimentos nos níveis operacional e tático, aprimorando, assim, a doutrina e os procedimentos concernentes às Operações de Segurança, Defesa e Controle do Tráfego Marítimo, dentre outros”. O Brasil foi o primeiro e único país da América do Sul a comandar a CTF-151, tendo assumido pela primeira vez entre junho e novembro de 2021.

Por Primeiro-Tenente (T) Paulo Yan Carlôto de Souza

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).