A modernização das Forças Armadas brasileiras recebeu um impulso significativo com as recentes demonstrações do Projeto Rádio Definido por Software de Defesa (RDS DEFESA) pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx). Essas apresentações, realizadas no final de março de 2024, destacam os esforços contínuos do Brasil em investir na interoperabilidade e eficiência das suas forças de defesa, por meio da adoção de tecnologias avançadas.

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Inovação e Flexibilidade no Campo de Batalha

Sob o comando do General de Brigada Paulo Sérgio Reis Filho, as demonstrações em Campinas e no Rio de Janeiro ilustraram a capacidade inovadora do RDS DEFESA. Equipados com rádios veiculares, uma viatura Guarani e uma sala de monitoramento mostraram como o sistema pode facilitar a comunicação efetiva no campo de batalha, incluindo o geoposicionamento preciso, a troca de mensagens de texto e a transmissão de vídeo em tempo real.

Integração e Interoperabilidade entre as Forças

Um aspecto fundamental do RDS DEFESA é sua contribuição para a interoperabilidade entre as Forças Armadas brasileiras. A utilização do sistema Multi Data Link Processor (MDLP) permite a integração das comunicações entre Marinha, Exército e Força Aérea, um passo crucial para operações conjuntas eficazes e para a modernização do comando e controle das forças brasileiras.

Fortalecimento da Base Industrial de Defesa

O RDS DEFESA não apenas aprimora a capacidade operacional das Forças Armadas, mas também fortalece a Base Industrial de Defesa brasileira. Ao desenvolver e implementar uma família de rádios multibanda (HF, VHF e UHF), o projeto enfatiza a importância de uma indústria de defesa robusta e autossuficiente, capaz de atender às necessidades de comunicação e segurança nacionais.

Conclusão: Um Futuro Promissor para a Defesa Brasileira

As demonstrações do RDS DEFESA sublinham o compromisso do Brasil com a inovação tecnológica na defesa. A capacidade de integrar eficientemente as operações militares, aliada ao fortalecimento da indústria nacional, coloca o país em uma posição favorável para enfrentar os desafios de segurança do século XXI. A flexibilidade e a avançada funcionalidade do protótipo veicular do RDS DEFESA evidenciam um futuro promissor para a comunicação e operação militar no Brasil, alinhando-se perfeitamente às necessidades de comando, controle e interoperabilidade das Forças Armadas.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).