A Guerra da Lagosta é um conflito pouco conhecido na história brasileira, mas que teve grande impacto na relação entre o Brasil e a França na década de 1960. O conflito ocorreu por causa da pesca da lagosta na costa nordeste do Brasil, que envolveu tanto interesses econômicos quanto questões territoriais.

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Tudo começou em 1961, quando a França começou a explorar a região de Fernando de Noronha para a pesca da lagosta. O Brasil, no entanto, contestava a exploração francesa, argumentando que a região era sua zona econômica exclusiva. Em 1963, o Brasil estendeu suas águas territoriais para 200 milhas náuticas, o que a França considerou uma afronta a seus interesses.

A situação se agravou em 1964, quando o navio francês Boa Esperança foi apreendido pelas autoridades brasileiras por pescar ilegalmente na costa nordeste do Brasil. A França respondeu enviando um navio de guerra para a região e fazendo ameaças de guerra contra o Brasil.

O conflito se arrastou por anos, com a França continuando a pescar na região e o Brasil reprimindo a pesca ilegal. A situação chegou a um ponto crítico quando o Brasil apreendeu o navio francês Château-Yquem, causando uma grande indignação na França.

A situação só foi resolvida em 1965, quando o Brasil e a França assinaram um acordo que estabelecia os limites das águas territoriais brasileiras e permitia a pesca da lagosta por empresas francesas na região de Fernando de Noronha. O acordo foi visto como uma vitória para o Brasil, que conseguiu impor sua soberania sobre a região e garantir seus interesses econômicos.

A Guerra da Lagosta foi um conflito que envolveu interesses econômicos, políticos e territoriais entre Brasil e França. Embora pouco conhecido, teve grande importância para a definição das fronteiras marítimas brasileiras e para a afirmação da soberania do país sobre a região de Fernando de Noronha.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).