O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou na quarta-feira (14) que o governo federal vai restringir os voos operados no Aeroporto Santos Dumont, no centro da cidade. Após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ficou decidido que o Santos Dumont só vai operar voos para dois destinos: os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e o de Brasília. A expectativa é que as mudanças entrem em vigor a partir de janeiro de 2024.
A decisão do presidente foi comunicada pelo prefeito após a reunião. “Hoje, o presidente decidiu que vai fazer. O aeroporto Santos Dumont passará a ser tão somente para a ponte aérea Rio – São Paulo/Congonhas e Rio-Brasília, e o aeroporto internacional do Rio de Janeiro volta a receber os voos domésticos que sempre teve, o que permite que o Galeão seja um hub internacional. Isso é uma mudança importantíssima”, afirmou Paes a jornalistas.
Essa mudança foi solicitada por mais de dois anos e meio, sem sucesso, segundo o prefeito, que entregou uma proposta de portaria. Além da limitação de voos, o governo deve editar uma norma impedindo que passageiros de voos internacionais a partir de outras cidades (como São Paulo e Brasília) façam check-in a partir do Santos Dumont.
Nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias de nossas forças armadas e indústria da defesa.
O estado do Rio de Janeiro e a prefeitura da capital têm criticado o fato de que o Aeroporto Santos Dumont, administrado pela União através da Infraero, aumentou significativamente o número de voos, esvaziando o Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, administrado pela concessionária Changi, de Cingapura.
Na segunda-feira (12), o governador do estado do Rio, Cláudio Castro, também se reuniu com Lula em Brasília para discutir uma gestão compartilhada dos aeroportos Santos Dumont (doméstico) e Galeão (internacional). A administração dos dois terminais aéreos seria feita em parceria entre União, estado e prefeitura do Rio. Eduardo Paes ressaltou que a questão da concessão está em andamento e será decidida posteriormente, independentemente da limitação de voos.