Saulo Cruz / MME

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou uma importante atualização na Resolução 903 de 2022, que trata das especificações e comercialização de combustíveis aquaviários. A principal mudança aprovada nesta quinta-feira (11) é a introdução mandatória de um corante no óleo diesel marítimo vendido na Região Norte do Brasil, enquanto nas outras regiões, a adição continua sendo facultativa.

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Objetivos da Nova Regulamentação

O ajuste na regulamentação visa principalmente a coibir a prática de vendas irregulares de óleo diesel marítimo como se fosse diesel rodoviário S10. O uso de um corante violeta permitirá a identificação visual e imediata das diferenças entre os dois tipos de diesel, combatendo fraudes que beneficiam econômicamente operadores desonestos. A medida busca não só proteger os consumidores de práticas enganosas mas também garantir a correta utilização dos combustíveis conforme suas especificações.

Implicações Técnicas e Ambientais

O óleo diesel marítimo, que pode conter até 0,5% de enxofre (5.000 mg/kg), é substancialmente diferente do diesel rodoviário S10 que possui limites muito mais baixos de enxofre. Essa diferença é crítica, pois o uso de diesel marítimo em veículos rodoviários pode resultar em emissões mais altas de gases poluentes e danos aos sistemas de pós-tratamento de emissões dos veículos. Portanto, a clara distinção entre esses combustíveis é essencial para a proteção ambiental e a saúde pública.

Estudos e Análise Tecnológica

A decisão da ANP foi embasada em estudos conduzidos pelo Centro de Pesquisas e Análises Tecnológicas da Agência (CPT). Os resultados das análises justificaram a escolha do corante violeta como meio eficaz para a diferenciação dos combustíveis, alinhando a prática brasileira com padrões internacionais de transparência e segurança em combustíveis.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).