A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou na segunda-feira (05/12) solenidade militar alusiva ao quinquagésimo nono (59º) aniversário do Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR) e da Base Aérea de Brasília (BABR) e à passagem da função de Graduado-Master da Guarnição de Aeronáutica de Brasília, com imposição de medalha militar.
A cerimônia foi presidida pelo Ministro do Superior Tribunal Militar, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Augusto Amaral Oliveira, que foi recebido pelo Comandante do VI COMAR, Major-Brigadeiro do Ar Jefferson Cesar Darolt, e pelo Comandante da Base Aérea de Brasília, Coronel Aviador Jorge Marcelo Martins da Silva, com as honras militares de estilo.
Durante a solenidade, foi realizada a transmissão da função de Graduado-Master da Guarnição de Aeronáutica de Brasília, onde a Suboficial Renata da Silva Marinho passou a função ao Suboficial Almir Lopes de Castro. Além disso, os graduados e praça padrão do VI COMAR e BABR também foram homenageados, e mais 22 militares receberam medalha militar por tempo de serviço.
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“Foi uma honra exercer a função, um prazer fazer contato com todos, fiz grandes amigos, consegui criar uma interação muito boa com os equivalentes nas outras Forças. Então, a gente teve uma relação harmoniosa com o exército e a Marinha, com as forças auxiliares também, passo a missão com a sensação de dever cumprido, comentou a Suboficial Renata Marinho”.
O novo Graduado-Master, o Suboficial Almir Lopes, falou sobre as expectativas para assumir a função. “O desafio é enorme, a Suboficial Renata fez um trabalho excelente aqui na guarnição e eu pretendo dar continuidade a esse trabalho de conhecer as unidades da Guarnição, ver os anseios e necessidades dos Praças e na medida do possível ajudar ao máximo de militares e também prestar lealdade e um serviço à Força, ao Alto Comando, que nos confiou essa tarefa tão grandiosa”, pontuou.
O evento foi encerrado com desfile da tropa composta por militares das duas organizações militares.
VI COMAR
A história do VI COMAR remete aos primórdios do Ministério da Aeronáutica – hoje Comando da Aeronáutica. Em agosto de 1963, o território nacional foi dividido em Zonas Aéreas, para efeito das responsabilidades atribuídas ao Ministério da Aeronáutica (Lei nº 4.252). Pelo Decreto Lei n.º 53.077, de 04 de dezembro de 1963, foi criada a 6ª Zona Aérea, ativada em 1º de janeiro de 1964, com o objetivo de substituir a antiga Guarnição de Aeronáutica de Brasília.
A área de jurisdição alcançava Distrito Federal, Goiás e porção do Triângulo Mineiro, limitada à leste pelos municípios de Araguari, Indianópolis, Nova Ponte e Uberaba. O primeiro Comandante foi o Brigadeiro Jacinto Pinto de Moura. O Decreto inicial foi modificado em 1966, acrescentando o município de Carolina – Maranhão ao território sob jurisdição da 6ª Zona Aérea.
A 6ª Zona Aérea funcionou desde sua criação até julho de 1971 na sede do edifício do Ministério da Aeronáutica e, posteriormente, na Área Militar Norte do Aeródromo de Brasília. Em 12 de novembro de 1973, passou a se chamar VI COMAR, a partir do Decreto Lei n° 73.151. Finalmente, em 20 de setembro de 1976, foi realizada a transferência para as instalações definitivas do VI COMAR, prédio construído na área norte da pista do aeroporto Internacional da Brasília.
Com a reforma administrativa, as Zonas Aéreas adequaram sua missão à coordenação e execução das atividades sistêmicas, em paralelo com o planejamento e ações específicas de Comando de Área, passando a denominar-se Comandos Aéreos Regionais – COMAR, conforme decreto acima. Em março de 1983, a nova jurisdição territorial do VI COMAR passou a ter em sua área o estado do Mato Grosso.
A partir dos aprimoramentos realizados em janeiro de 2021, o VI COMAR passou novamente a ser a referência do Comando da Aeronáutica em sua área de jurisdição, além de ter a finalidade de supervisionar as OM subordinadas, no tocante, sobretudo, as atividades administrativas. Em 2022, passou, além dessas atribuições, a supervisionar também as atividades finalísticas desenvolvidas pelas suas subordinadas, as Bases Aéreas de Anápolis e de Brasília e, ainda, a Primeira Brigada de Defesa Antiaérea e o Campo de Provas Brigadeiro Velloso.
BABR
A história da BABR remete à construção da Capital do país, quando o Presidente da República, Dr. Juscelino Kubitschek, por meio do Decreto nº 42.697 de 1957, criou o Destacamento da Base Aérea de Brasília, sendo designado como seu Comandante o Major Aviador Francisco de Assis Lopes.
O Destacamento foi a Organização precursora do Ministério da Aeronáutica em Brasília e teve por finalidade o apoio às aeronaves e tripulações da Força Aérea Brasileira que chegavam à região, transportando pessoal e material destinados a gigantesca obra idealizada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
Como Organização Militar pioneira, prestou fundamental suporte durante toda a fase de transferência da sede do governo para Brasília, participando de momentos importantes da gênese da cidade e, consequentemente, da história do País.
A extinção do Destacamento deu-se em decorrência da transferência da sede do Ministério da Aeronáutica para a recém-criada Capital Federal. Foi então, ativada a Guarnição de Aeronáutica de Brasília, a qual deveria apoiar todas as Organizações da Força Aérea ali sediadas.
Inauguração da Base Aérea de Brasília
Com o crescimento das atividades do Ministério da Aeronáutica e a multiplicidade de tarefas decorrentes, foi inaugurada a Base Aérea de Brasília (BABR), no dia 4 de dezembro de 1963, por meio do Decreto nº 53.079, tendo como primeiro Comandante o Coronel Aviador Othon Correia Neto.
Assim que o sistema aeroportuário foi concluído, instalou-se em suas dependências a primeira Unidade Aérea, o Grupo de Transporte Especial – GTE, oriundo da cidade do Rio de Janeiro para o Planalto Central, com a finalidade de realizar o apoio aéreo das autoridades governamentais.
A movimentação dessa Unidade reforçou a ligação entre a antiga e a nova capital, fato fundamental para o período de transição. O GTE transferiu-se do Rio de Janeiro para a nova sede da capital federal, mas somente no ano de 1967 o hangar do GTE foi inaugurado e a movimentação foi finalizada.
Em 2016 foi promovido no seio da Força Aérea Brasileira uma profunda reestruturação com o objetivo de torná-la ainda mais operacional e pronta para o cumprimento de sua missão constitucional, de manutenção da soberania do espaço aéreo brasileiro. As Bases Aéreas foram desativadas e suas funções administrativas transferidas aos Grupamentos de Apoio. Os Comandos Aéreos Regionais também foram extintos, sendo suas atribuições redistribuídas às diversas organizações conforme atividade fim. Neste contexto, foi desativada a Base Aérea de Brasília e o VI COMAR, e ativada a ALA 1, com a nova missão de manter os meios aéreos sob sua subordinação adestrados e prontos para o combate.
Função de Representação e Operacional
A partir do dia 1º de fevereiro de 2022, a Base Aérea de Brasília (BABR) se reestruturou, incorporando a Ala 1 no seu quadro físico e pessoal. O objetivo principal de tal junção foi retomar a característica operacional da Base assim como manter o seu papel representativo na Força Aérea em Brasília.
Na nova estrutura, o Esquadrão de Comando é composto pela Seção de Governança (SGOV) e pela Seção de Comunicação Social (SCS), ambas com a finalidade de dar suporte administrativo e de representação.
Ademais, grupos já existentes se consolidaram enquanto BABR: Grupo Logístico (GLOG), Grupo Operacional (GOP), Grupo de Segurança e Defesa (GSD) e Grupo de Serviço de Base (GSB).
Fotos: Soldado Bispo/BABR
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