A recente transferência do Submarino “Humaitá” (S41) para o Setor Operativo da Força Naval, ocorrida em Itaguaí (RJ), é um passo significativo para a Marinha do Brasil. Este evento, parte da tradicional Cerimônia de Mostra de Armamento, não é apenas uma formalidade. Representa um fortalecimento estratégico da nossa capacidade de defesa e um testemunho do avanço tecnológico nacional.

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Avanços Tecnológicos e Desenvolvimento da Classe “Riachuelo”

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O “Humaitá” é o segundo dos quatro submarinos da Classe “Riachuelo” com propulsão diesel-elétrica (S-BR). Sua entrada em operação após um rigoroso calendário de Testes de Aceitação no Porto e no Mar reforça a qualidade e eficácia das tecnologias empregadas. Estes submarinos são projetados não só para fortalecer nossa presença nos mares, mas também para atender às necessidades específicas de defesa do Brasil, especialmente no patrulhamento da Amazônia Azul e de áreas estratégicas no Atlântico Sul. É vital sublinhar a importância dessa região, rica em recursos e de significativa relevância geopolítica.

O Programa de Submarinos (PROSUB) e sua Relevância Estratégica

O PROSUB não se limita ao desenvolvimento de submarinos, mas abrange um espectro mais amplo de objetivos estratégicos. Além do “Humaitá”, há progressos contínuos nos outros submarinos da classe, como o “Tonelero” (S42), “Angostura” (S43), e o emblemático Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN) “Álvaro Alberto”. O PROSUB é um pilar na política de defesa brasileira, refletindo não apenas em ganhos militares, mas também em desenvolvimento tecnológico, capacitação de pessoal, e fortalecimento da indústria nacional.

Implicações para a Política de Defesa e Soberania Nacional

A entrada do “Humaitá” em operação é mais do que um avanço militar; é um símbolo de soberania. Essa conquista ressalta a importância da tríplice hélice – a interconexão entre as forças armadas, indústria, e academia – para o fortalecimento da Base Industrial de Defesa. Este modelo promove não apenas a autossuficiência em tecnologia de defesa, mas também contribui para o desenvolvimento econômico e científico do Brasil.

Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).