O Programa Telessaúde do Brasil será expandido, pelo Governo Federal, para 128 Unidades Básicas de Saúde (UBS), em todo território nacional, ainda este ano. Atualmente, o projeto opera, em fase final de teste de conceito, na unidade do bairro Marajó, no distrito de Campos Lindos, na cidade de Cristalina (GO). Nessa unidade, que fica em zona rural, e em mais 14 UBS espalhadas pelo município, as ações são coordenadas pelo Ministério da Defesa.

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Para conhecer o trabalho feito na unidade de saúde do bairro Marajó, o Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, esteve no local. A visita foi acompanhada pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e por cinco deputados da Frente Parlamentar Mista de Telessaúde. Também participaram o Secretário-Geral do Ministério da Defesa, Sérgio José Pereira; e o Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto, Tenente-Brigadeiro do Ar da reserva Jeferson Domingues de Freitas.

O Telessaúde do Brasil é um programa interministerial voltado para áreas isoladas e comunidades em vulnerabilidade social com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo de 0,6. Ao todo, são oito Ministérios participantes: Defesa; Ciência, Tecnologia e Inovações; Saúde; Comunicações; Educação; Cidadania; Economia; e Minas e Energia. O programa se caracteriza por atuar sem aumento de pessoal na unidade de saúde; agregar tecnologia de ponta; ter baixo custo; ampliar o acesso a especialidades críticas em áreas remotas; e qualificar a triagem, o que evita deslocamentos desnecessários do paciente para os grandes centros, redução de demanda local e permite rápida resolução de exames.

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“Trata-se de um serviço de excelência que amplia o princípio da universalização da saúde a todo cidadão brasileiro. Aqui em Cristalina, presenciamos um modelo inovador de telessaúde, direcionado à atenção de pacientes do SUS”, destacou o Ministro Braga Netto.

Resolução
O programa aproveita as melhores experiências de telessaúde do País. O foco é 100% no usuário, o paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), e no acesso a serviços, a partir de agenda integrada de saúde digital. Quando o usuário chega a uma UBS, tem que haver uma resposta de 20 a 30 minutos.

Na unidade de saúde do bairro Marajó, a iniciativa conta com a participação inicial de cinco especialidades: a telecardiologia, que disponibiliza eletrocardiograma; a teledermatologia, com a utilização de dermatoscópio; a telepediatria; a telepsiquiatria; e a teleoftalmologia, que utiliza retinógrafo. Conforme a necessidade dos municípios em que o Telessaúde do Brasil será implementado, essas especialidades podem alterar.

“Mostra bem o espírito de integração do Governo Federal. Diversos ministérios no desenvolvimento de uma política pública que é absolutamente sintonizada com os princípios do SUS. Não há dúvidas que a telessaúde amplia fortemente o acesso à saúde”, afirmou o Ministro da Saúde.

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Um dos intuitos do programa é a implementação dessas ações nos Pelotões de Fronteira, que ficam em áreas isoladas, afastadas dos centros urbanos e com acesso limitado à saúde especializada. A UBS do bairro Marajó, em Goiás, foi escolhida por atender essas características e por estar próxima a Brasília. Dessa forma, é facilitado o acesso da coordenação do programa para fazer as melhorias necessárias.

“É um ganho de saúde para a população humilde. O intuito é alcançar quem não tem. Todo esse trabalho mostra que também é um programa de inclusão social”, afirmou o coordenador do Programa Telessaúde do Brasil, General de Brigada Marco Antônio Martin da Silva.

Aperfeiçoamento
Para receber o programa, as UBS precisam de melhorias na infraestrutura, como acesso à banda larga de internet, dispositivos tecnológicos e digitais, energia elétrica onde não exista; e devem priorizar a geração de energia alternativa. Além disso, para implantação e operacionalização do programa, é preciso realizar a capacitação técnica de profissionais das áreas de saúde e de tecnologia. Por essa razão, é importante a ação interministerial, em que cada órgão oferece o que tem de melhor.

Também prestigiaram a visita a presidente da Frente Parlamentar Mista da Telessaúde, Deputada Federal Adriana Ventura; o Secretário Estadual de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino Júnior; o Prefeito Municipal de Cristalina, Daniel Sabino Vaz; e o Secretário Municipal de Saúde de Cristalina, Ednardo Gonçalves Ribeiro.

Fotos: Igor Soares

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).