O esporte transformou a vida de Laura Amaro que aos 13 anos conheceu o programa em uma unidade da Marinha, no Rio de Janeiro. - Foto: Acervo Pessoal

As organizações militares do Brasil vêm abrindo suas portas para receber crianças e adolescentes de regiões carentes para praticar esportes no contraturno escolar. Nessas unidades, eles praticam atividades como boxe, taekwondo, voleibol, atletismo, judô e basquete.

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A iniciativa faz parte do Programa Forças no Esporte (Profesp), realizado em parceria entre a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania e o Ministério da Defesa, com o apoio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

“É um programa de valorização da vida, de inclusão de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, do conceito de cidadania verdadeiro”, afirmou o diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, Major-Brigadeiro do Ar, José Isaías Augusto de Carvalho Neto.

“Tem por foco recuperar, apresentar para crianças e para jovens um eixo de esperança, um rumo que permita a eles enxergarem um horizonte além daquele da região conturbada que por ventura residam”, explicou.

Atualmente, o Profesp atende cerca de 30 mil crianças dos seis anos aos 18 anos de idade em organizações militares de todo país, com parcerias federais, estaduais e municipais, na esfera pública e privada. O programa chega inclusive no Arquipélago de Fernando de Noronha e em comunidades indígenas no interior da Amazônia.

“Valendo da principal ferramenta que é o esporte, queremos diminuir a vulnerabilidade dessas crianças aos males da sociedade. Nós queremos dar a essa criança uma elevação da autoestima, mostrar a ela que há valores maiores que podem colocá-la fora daquele ambiente negativo onde elas estão”, ressaltou o diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa.

Esporte

O esporte transformou a vida de Laura Amaro que aos 13 anos conheceu o programa em uma unidade da Marinha, no Rio de Janeiro. Hoje, aos 20 anos, ela é 3º sargento e pratica levantamento de peso pelo Programa Olímpico da Marinha, além de ser é atleta da seleção brasileira da categoria. Laura coleciona títulos e medalhas em competições nacionais.

“O programa Forças no Esporte foi a grande origem da minha caminhada como atleta. Aqui, os alunos do programa e os sargentos da Marinha, atletas de Alto Rendimento, treinam juntos em uma simbiose. Isso possibilita que as crianças tenham sonhos, tenham uma perspectiva e exemplos de perto que possam ser seguidos. E esse foi exatamente o meu processo. Todas as crianças que passam ou já passaram por aqui tiveram suas vidas mudadas de uma forma muito grande”, contou.

“Todos os que passaram por este projeto, todos aqui que passaram de comunidade, tiveram alguma mudança, hoje estão fazendo faculdade, estão trabalhando, eu também estou me formando em Educação Física”, declarou.

O Ministério da Defesa destaca que o objetivo do programa não é transformar essas crianças em atletas, mas que sempre é possível descobrir novos talentos e jovens que levam o esporte para vida. “A competição é um estímulo dentro das atividades, mas não é o foco da programação pedagógica. Eventualmente, temos vários exemplos, algumas crianças demonstraram aptidão, vocação, talento para alguma atividade esportiva de mais alto rendimento e aí, nos núcleos onde elas estão, elas foram encaminhadas para seguir os degraus que levam a se tornarem grandes atletas”, explicou o diretor.

“Temos as ferramentas para que esse talento desabroche e nós possamos ter ali, talvez um futuro atleta, um futuro medalhista nas altas competições do mundo”, ressaltou o major.

Fonte: Gov.br