Nesta quarta-feira (11), a Operação Verde Brasil 2 completa 6 meses de ações preventivas e repressivas contra crimes ambientais na região da Amazônia Legal. A iniciativa é coordenada pelo Ministério da Defesa com o emprego de militares das Forças Armadas em Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Até o momento, a missão assegurou o combate de mais de 7,5 mil focos de incêndio.

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Militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, coordenados com agentes de órgãos de Segurança Pública e de Proteção Ambiental, mobilizaram mais de 51,3 mil inspeções e patrulhas navais e terrestres, incluindo bloqueio e controle de estradas.

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A permanência das Forças Armadas na GLO, na Amazônia Legal foi autorizada pelo Decreto 10.539 de 4/11/2020, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro. A missão busca contribuir com as ações para preservação da Amazônia previstos pelo Conselho Nacional da Amazônia (CNA).

Em média, estão envolvidos 3,4 mil militares e 300 agentes de órgãos parceiros. O efetivo de militares é reforçado sempre que necessário. As ações utilizam 160 viaturas, 42 embarcações, dois navios e 11 aeronaves.

O Subchefe de Operações do Ministério da Defesa, General de Brigada José Eduardo Leal de Oliveira, ressalta que os resultados expressivos são devidos a integração das Forças com os mais diversos órgãos e agentes de segurança pública e a proteção ambiental. “Nós temos perfeita integração entre as Forças Armadas e todos os órgãos e agências parceiras nas atividades desenvolvidas em toda Amazônia Legal”, sublinhou.

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Resultados
Até o momento, mais de 99 mil hectares foram embargados. O valor das multas e termos de infração aplicados ultrapassam R$ 1,79 bilhão. Esse montante corresponde a sete vezes mais o que o investido na própria operação.

Em 180 dias de ação, foram emitidos 183 autos de prisão em flagrante delito. A Verde Brasil 2 apreendeu 178 mil metros cúbicos de madeira ilegal, além de 26,3 mil armas e munições e 390 kg de drogas. Além disso, foram realizadas mais de 1,2 mil ações de apoio logístico aos órgãos de Segurança e Proteção Ambiental e apreendido 36.774 litros de combustível.

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Integração com órgãos ambientais e de segurança pública
O Grupo Integrado de Proteção da Amazônia (GIPAM) é responsável por definir as áreas de monitoramento para a ações de defesa da ambiental. O GIPAM é coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), órgão subordinado ao Ministério da Defesa.

Além do CENSIPAM, integram o GIPAM o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o IBAMA, o ICMBio, o Serviço Florestal Brasileiro, o INCRA, a Polícia Federal, a ABIN, a Agência Nacional de Mineração, a Funai, a Polícia Rodoviária Federal.

São utilizados mecanismos de sensoriamento remoto, como satélites, radares e aerolevantamento, para a seleção das regiões alvo.

A atuação dos militares na Operação Verde Brasil 2 permite levar a presença do Estado a diversas outras regiões em curto espaço de tempo. Assim, o emprego de meios como helicópteros, aeronaves diversas, navios, embarcações, viaturas e o estabelecimento de bases avançadas de apoio permitem a mais ampla atuação possível aos agentes ambientais.

destaque

Operação Verde Brasil 2
A Operação Verde Brasil 2 foi deflagrada em 11 de maio de 2020 para o combate aos focos de incêndio, desmatamento e garimpo ilegal na região da Amazônia Legal.

A missão é coordenada pelo Centro de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa e conta com o apoio do Comando Conjunto Norte (CCjN), do Comando Conjunto Amazônia (CCjA), do Comando Conjunto Oeste (CCjO) e do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), da FAB.

A Verde Brasil 2 também é um trabalho integrado com agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança Pública, da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). Além de membros do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

Por Viviane Oliveira
Fotos: Divulgação/ Ministério da Defesa

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).