Operação Integração I desarticula infraestruturas do garimpo ilegal na Terra Yanomami

Foto: Comando Operacional Conjunto Catrimani
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A Operação Integração I, realizada no contexto da Operação Catrimani II, causou um impacto significativo na luta contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Iniciada em 11 de agosto, a operação neutralizou diversas infraestruturas ligadas à mineração ilegal na região de Waikás, a aproximadamente 300 km de Boa Vista, Roraima. A ação, que envolveu um esforço coordenado entre as Forças Armadas e órgãos de segurança pública, representa um duro golpe contra as atividades ilegais que ameaçam as comunidades indígenas e o meio ambiente.

Detalhes da Operação e Recursos Empregados

Foto: Comando Operacional Conjunto Catrimani

A Operação Integração I mobilizou uma série de recursos estratégicos para enfrentar o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Foram empregadas três aeronaves, incluindo um helicóptero HM-1 Pantera do Exército Brasileiro, um helicóptero Caracal H-36 da Força Aérea Brasileira (FAB) e um helicóptero AW 119 Koala da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Além disso, a operação contou com a participação de 14 militares da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, cinco militares da Força Nacional de Segurança Pública e quatro agentes da PRF. A logística necessária para operar em uma área tão remota e de difícil acesso, como Waikás, foi crucial para o sucesso da operação, permitindo o transporte rápido e seguro de pessoal e materiais essenciais.

Resultados Concretos da Ação

Foto: Comando Operacional Conjunto Catrimani

Nos primeiros dias da Operação Integração I, foram neutralizados 13,8 toneladas de cassiterita, 350 litros de combustível e 11 motores, incluindo geradores, motores de sucção e bombas d’água. Além disso, foram apreendidas uma antena de internet e neutralizadas nove barracas usadas para a permanência ilegal na TIY. O valor estimado das infraestruturas e materiais neutralizados ultrapassa 800 mil reais, representando um considerável prejuízo financeiro para as operações de garimpo ilegal na região. A continuidade das ações permitiu que, no dia seguinte, fossem neutralizados mais oito motores, seis barracas e 300 quilos adicionais de cassiterita, ampliando ainda mais o impacto sobre as atividades ilegais.

Uso de Tecnologias Avançadas e Operações Noturnas

Foto: Comando Operacional Conjunto Catrimani

Um dos destaques da Operação Integração I foi o uso de tecnologias avançadas, como os equipamentos de visão noturna (EVN), que possibilitaram a realização de operações noturnas em ambiente de selva. Essa capacidade ampliou significativamente o tempo de permanência e a eficácia das forças no terreno, permitindo que as operações prosseguissem mesmo em condições de baixa visibilidade. O emprego de uma aeronave militar no período noturno, aliado ao uso de EVN, foi fundamental para a surpresa e o sucesso das ações contra o garimpo ilegal. Essas operações noturnas demonstraram a capacidade das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública de adaptarem suas estratégias para maximizar os resultados em um ambiente operacional desafiador.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).