Operação Catrimani II atinge marca de 1.000 horas de voo em apoio à Terra Indígena Yanomami

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Com mais de 1.000 horas de voo acumuladas, a Operação Catrimani II avança no combate ao garimpo ilegal e na assistência humanitária à Terra Indígena Yanomami. As Forças Armadas, por meio de helicópteros e aviões das três Forças, têm intensificado as ações de desintrusão e logística, garantindo segurança e apoio às populações indígenas.

A logística das operações aéreas e sua importância para a Operação Catrimani II

A logística aérea tem sido um elemento vital para o sucesso da Operação Catrimani II, com mais de 1.000 horas de voo registradas por aeronaves da Marinha, Exército e Força Aérea. Utilizando helicópteros Super Cougar (UH-15) da Marinha, Pantera (HM-1) do Exército, Black Hawk (H-60) e Caracal (H-36) da Força Aérea, além do avião Caravan (C-98), as Forças Armadas têm garantido o transporte de equipamentos, pessoal e suprimentos em regiões de difícil acesso na Terra Indígena Yanomami (TIY). A distância percorrida pelas aeronaves já ultrapassou 233 mil km, o equivalente a 5,6 voltas ao redor da Terra.

Helicópteros têm sido fundamentais na operação por sua capacidade multitarefa, permitindo o transporte de itens volumosos, como compressores, geradores e perfuratrizes, utilizando a técnica de carga externa. Além disso, esses helicópteros são essenciais para a infiltração e exfiltração de tropas, que têm como missão a destruição de estruturas de garimpo ilegal e a prestação de assistência humanitária às comunidades indígenas. O avião Caravan é utilizado no transporte de materiais e de pessoal até Surucucu, onde está localizado o Quarto Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro, reforçando as operações de apoio logístico na região.

Outro aspecto logístico importante foi o transporte de placas fotovoltaicas para fornecer energia sustentável a estruturas governamentais instaladas na TIY. Esse tipo de iniciativa não apenas facilita a operação das tropas, mas também promove soluções mais sustentáveis para o suporte às comunidades indígenas.

O combate ao garimpo ilegal e a preservação ambiental na Terra Indígena Yanomami

O combate ao garimpo ilegal é um dos principais focos da Operação Catrimani II, que visa remover garimpeiros da Terra Indígena Yanomami e recuperar áreas degradadas pela atividade de extração mineral. As aeronaves militares têm sido fundamentais para identificar e desmantelar as estruturas ilegais de garimpo, levando as tropas até pontos estratégicos dentro da floresta para destruir equipamentos e barracas utilizados pelos garimpeiros.

Essas ações de desintrusão são cruciais para proteger o meio ambiente, uma vez que o garimpo ilegal causa danos severos à floresta e aos rios, contaminando as águas com mercúrio e destruindo a biodiversidade local. Além disso, o garimpo afeta diretamente a saúde e o bem-estar das comunidades indígenas, que enfrentam não só o desmatamento, mas também a violência e as ameaças de grupos armados que controlam as áreas de exploração.

As operações têm mostrado resultados positivos, como destaca o líder indígena e Presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, que celebrou a recuperação de sua comunidade. Em depoimento à Agência Cenarium, ele afirmou que as crianças Yanomami voltaram a brincar e sorrir, um sinal claro de que a paz e a segurança estão sendo restauradas na região. Essa reconquista da liberdade para as populações indígenas é um dos maiores êxitos da Operação Catrimani II, além da preservação dos recursos naturais essenciais para a sobrevivência dessas comunidades.

A cooperação entre Forças Armadas e agências governamentais na Operação Catrimani II

A Operação Catrimani II é fruto de uma cooperação coordenada entre as Forças Armadas e diversas agências governamentais, atuando de forma integrada para combater o garimpo ilegal, os crimes transfronteiriços e as violações ambientais na Terra Indígena Yanomami. Essa operação conjunta envolve, além das Forças Armadas, órgãos de segurança pública e instituições como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI).

Essa integração tem permitido um planejamento mais eficiente das ações, com cada instituição desempenhando seu papel para garantir que as operações sejam realizadas de forma precisa e coordenada. A utilização de tecnologias avançadas, como equipamentos de navegação noturna, tem sido um diferencial nas operações, possibilitando a realização de missões tanto diurnas quanto noturnas. Esse tipo de recurso, combinado com o treinamento especializado das tropas, permite que as ações de desintrusão e combate ao garimpo ilegal continuem sem interrupções, independentemente das condições de luz ou clima.

Outro aspecto crucial da cooperação é a realização de evacuações aeromédicas, quando necessário. Em regiões remotas como a TIY, o acesso a cuidados médicos pode ser extremamente limitado, e a capacidade de as Forças Armadas responderem rapidamente a emergências médicas é vital para salvar vidas. Essa integração entre agências e militares reforça a capacidade do Brasil de responder de forma eficaz a crises complexas que envolvem tanto questões de segurança quanto de proteção ambiental e humanitária.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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